MIKHAIL FAVALESSA E ALLAN PEREIRA
Da Redação
O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União Brasil), fez duras críticas à Rumo Logística, empresa responsável pela ferrovia estadual que deve ligar Rondonópolis a Lucas do Rio Verde e Cuiabá. Segundo Botelho, a empresa estaria sinalizando que não pretende trazer os trilhos até a capital do Estado.
A ferrovia é feita por meio de uma chamada pública do Governo do Estado, aberta em 2021, e que teve apenas a Rumo Logística na concorrência. A empresa já é responsável pela Ferrovia Ferronorte, que sai de Rondonópolis e vai até o porto de Santos (SP), no litoral brasileiro.
Apesar da promessa no projeto inicial de um "braço" até Cuiabá, a Rumo apresentou às Secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Infraestrutura e Logística (Sinfra) apenas pedidos de licenças para o traçado até Lucas do Rio Verde, passando por Nova Mutum.
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"O problema é que a Rumo vem demonstrando total desrespeito para o que foi combinado e pré-acordado. Ela vem mudando o traçado, já está sinalizando que não quer vir para Cuiabá tão cedo, está fazendo todos os estudos indo para Lucas do Rio Verde, não tem nenhum estudo encaminhado para Cuiabá. A Rumo está começando mal", declarou Botelho na quarta-feira (6).
Em meio a isso, os deputados estaduais alteraram um projeto de lei enviado pelo governo e deram poderes à Assembleia Legislativa para mudanças o Sistema Ferroviário do Estado de Mato Grosso (SFE-MT), o que inclui a ferrovia da Rumo. O texto foi vetado pelo governador Mauro Mendes (União Brasil), mas o veto foi derrubado pelos parlamentares na quarta.
"Nós estamos com grande esperança, e eles não estão bem intencionados com Cuiabá. Nós não vamos aceitar isso. Eles têm que dar prioridade para Cuiabá. E eu espero que o governador Mauro Mendes venha conosco nessa cobrança, porque eu já alertei o governador: "Cuiabá está ficando fora, o senhor tem que fazer uma movimentação". Espero que ele faça isso, porque ele foi prefeito de Cuiabá, tem responsabilidade com esse município, e nós temos que lutar, não podemos aceitar que a Rumo faça essas mudanças sem respeitar Cuiabá e as diretrizes que era para vir primeiro para cá", defendeu Botelho.
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