GILSON NASSER
Da Redação
Relatório do inquérito que baseou a Operação Regnatale, deflagrada na última quarta-feira (5) pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) mostra que o vereador Paulo Henrique de Figueiredo (MDB) aplicou um "chapéu" no colega de Câmara, Marcus Brito Junior (PV). Diálogos travados pelo então assessor parlamentar de Marcus Brito Junior, Elzyo Jardel Xavier Pires, que se identifica apenas como Jardel Pires, mostram que ele migrou para atuar junto com Paulo Henrique.
As investigações mostram que Jardel era um dos principais membros da facção criminosa Comando Vermelho e atuava junto a Rodrigo Leal, que era coordenador do cerimonial da Câmara por indicação de Paulo Henrique de Figueiredo. A mudança de parlamentar atendeu pedido dos líderes da facção.
"A relação entre o vereador Paulo Henrique e o grupo criminoso restou demonstrada também através de um áudio em que Jardel menciona que está se juntando ao time de Paulo Henrique, referindo-se a assumir a função de assessor parlamentar do vereador, juntamente com Rodrigo Leal. Ele afirma ter deixado sua função de assessor junto ao vereador Marcus Brito para atender ao pedido de Willian Gordão e Rodrigo Leal. Jardel expressa a intenção de criar um grupo unido e pede a Paulo Henrique que não o decepcione no futuro", diz trecho do relatório.
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Apesar de ser citado por Jardel de que seria procurado interferir na liberação e licenças e alvarás para realização de festas e eventos, Marcus Brito Junior não teve nenhuma atuação comprovada no esquema. Ele sequer foi alvo de algum mandado judicial na operação.
Já Paulo Henrique teria recebido vantagens indevidas dos membros da organização criminosa. Ele teve o celular e o veículo Jeep Compass apreendido.
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EMERSON DIAS DE SOUZA 09/06/2024
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