ALLAN PEREIRA E LÁZARO THOR
Da Redação
Alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Vereadores, a concessionária Águas Cuiabá teve uma receita líquida de mais de R$ 141 milhões entre janeiro e março deste ano, segundo relatório de informações financeiras da Iguá Saneamento S.A., controladora da concessionária dos serviços de água e esgoto da capital mato-grossense.
Apesar da ótima receita, a empresa ficou no vermelho e teve um prejuízo de mais de R$ 3 milhões. Isto ocorreu porque a concessário administra um serviço com custos altos, além de despesas operacionais e outras deduções no período relatado pelo balanço financeiro.
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O relatório da Águas Cuiabá aponta que houve crescimento na receita líquida da concessionária de 29,8%.
No primeiro trimestre deste ano, eles conseguiram arrecadar R$ 141 milhões com serviços de água e esgoto da Capital.
Foram R$ 108,6 milhões no mesmo período de 2021.
Descontado os custos de serviços, na ordem de R$ 113,7 milhões, a concessionária conseguiu um lucro bruto de R$ 27 milhões.
No entanto, aplicando os gastos despesas, depreciação do valor dos bens, dívidas e impostos, o saldo da Águas Cuiabá fica negativo em mais de R$ 3 milhões.
Em janeiro deste ano, a Prefeitura de Cuiabá, em ato assinado pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), aditivou em R$ 12,4 milhões o contrato com a Águas Cuiabá.
A compensação, por supostos prejuízos decorrentes de decretos da prefeitura que proibiram o corte de água de usuários inadimplentes durante a pandemia de Covid-19, além de postegar os reajustes na tarifa de água e esgotoo, foi autorizada pela Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec).
A concessionária é alvo de uma CPI na Câmara, que busca investigar as obras de asfaltamento pós-implantação da rede coletora de esgoto, que tem causado muitos transtornos a população cuiabana por conta dos afundamentos, além da qualidade da água distribuída aos moradores.
Em primeira oitiva da CPI, o diretor-geral na Águas Cuiabá, William Figueiredo, atribuiu as chuvas os afundamentos causados pelas obras de implantação da rede coletora de esgoto na Capital e prometeu que até o fim de maio vai estar tudo equalizado na capital.
O presidente da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec), Alexandre Oliveira, afirmou também na CPI que atualmente tramitam 96 procedimentos administrativos referentes a relatório de irregularidades quanto ao trabalho da concessionária feitos entre 2019 e 2022.
A investigação é presidida pelo vereador Diego Guimarães (Cidadania), a relatoria será conduzida pelo vereador Marcrean Santos (Progressistas) e como membro o vereador Chico 2000 (PL).
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