ALLAN PEREIRA E MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O presidente do Sindicato da Carreira dos Profissionais do Sistema Socioeducativo (SINDPSS), o agente Paulo Cesar de Souza, afirma que o vereador tenente-coronel PM Marcos Paccola era uma pessoa próxima do colega Alexandre Miyagawa de Barros, conhecido também como "Japão" pelos amigos.
Paccola efetuou disparos que mataram o agente socioeducativo Alexandre na noite da última sexta (04), próximo ao bar e restaurante Choppão, na região Central de Cuiabá.
Nesta segunda (04), o vereador havia afirmado que conhecia Alexandre apenas "de vista" e que não o reconheceu no momento de fazer os disparos.
Leia mais:
Vereador Paccola diz que conhecia "de vista" agente morto por ele; veja vídeo
Paccola desobedeceu manuais de segurança, aponta presidente de sindicato
Para a imprensa, Paulo Cesar diz que Alexandre chegou a participar de um churrasco de sócios de Paccola em uma empresa na Região Metropolitana de Cuiabá, que foi organizado na chácara do vereador.
Além disso, "Japão" chegou a comprar uma pistola de Paccola, que cobrou um preço abaixo do praticado no mercado por amizade ao agente socioeducativo.
"O Alexandre comprou uma pistola com o vereador que, provavelmente sacou ou não, ou que estava em poder dele naquele momento. Conseguiu um valor que eu, se for lá [para comprar], não consigo pagar. Ele não consegue me dar o valor por que fez por amizade que tem com Alexandre", disse.
O presidente do SINDPSS aponta que como o vereador conhecia Alexandre, Paccola poderia ter agido de forma mais apaziguadora do que chegar atirando, caso existisse algum risco de algum crime de morte a ser cometido.
"Talvez como ele conhecesse o Alexandre, poderia tratar aquilo bem mais tranquilamente da forma que ele fez. A não ser que ele quis usar isso como ganho político. Não quero acreditar nisso. Se ele fez isso para ganhar nome para poder ser eleito deputado estadual, é muito caro o que ele previu", diz.
Negou que Alexandre oferecesse risco para as pessoas, caso estivesse armado, como consta na versão de Paccola.
"Ele [Paccola] teve todo um tempo. No vídeo, ele visualizou a situação, ficou na esquina olhando, assistindo . O meu colega não oferece risco algum. Ofereceu risco, talvez, para um pássaro noturno ou uma barata ou uma formiga, por que ele estava com o braço para baixo se ele estivesse com uma pistola na mão. E ele conhecia o Alexandre, por que ele não fala isso?", pontua.
Paulo desconhece informações ou relatos de que Alexandre tenha alguma inimizade ou revanche com Paccola.
Acredita que, como tenente-coronel da reserva remunerada da PM, Paccola não deveria ter se intrometido e chamado os policiais militares para ajudar na situação.
"Ele é oficial. Quando é oficial de uma tropa, ele não vai no combate. Ele é formado para comandar. Tinha que chamar reforço", diz.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.
Celina miyagawa correa meyer 05/07/2022
Alexandre foi assassinado de uma forma covarde. Todo depoimento dado por este (censurado) foi contradito por imagem local de vídeo! Justiça!!!
Marcelo 05/07/2022
Mas afinal o que fez de tão errado o cara que morreu? Esse Pacolla reagiu o que?
2 comentários