LETICIA AVALOS
Da Redação
Após o vereador Jeferson Siqueira (PSD) acusar o prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), de ter causado a ruína de seu casamento com as denúncias de suposto envolvimento de parlamentares da Câmara Municipal com o Comando Vermelho, o liberal respondeu que nunca citou, especificamente, o nome de Jeferson e que não é responsável pelas questões pessoais do ex-pastor.
“Primeiro, eu não citei o nome dele em lugar nenhum. Eu imagino que vocês possam procurar entrevistas à vontade. Cabe a ele mesmo se citar e, quando ele estiver citando, é a decisão dele, não minha. Segundo, eu não tenho nada a ver com a questão familiar dele. Não tem nada a ver comigo”, alegou.
A afirmação foi feita na manhã desta terça-feira (10), na sede da Casa de Leis, poucas horas após a fala de Jeferson. A vereadora eleita e esposa de Abilio, Samantha Iris (PL), que também estava pela Câmara, comentou a acusação e disse que Jeferson busca fazer de Abilio um bode expiatório.
“Daqui a pouco ele vai falar até que não é mais pastor por culpa do Abilio. É uma pessoa que tem a própria vida, a própria história, e acho que a gente não tem nada a ver com isso. Agora, se ele quer jogar a culpa de tudo que acontece na Câmara e na casa dele no Abílio, aí…”, disse.
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Rusga
Na semana seguinte à sua vitória nas urnas, Abilio acusou parlamentares da Casa de estarem servindo a interesses do CV e até vendendo os seus votos na Mesa Diretora para beneficiar a facção e dificultar a sua gestão. Em 12 de novembro, Jeferson saiu em defesa da Câmara e afirmou que interpelou o futuro gestor por meio do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), para que ele prove as afirmações.
Na mesma semana, também, veio à tona uma proposta de moção de aplausos feita por Jeferson para homenagear o líder comunitário Gilmar Machado da Costa, apontado como um dos supostos chefes do CV em Cuiabá. O vereador negou que soubesse do passado criminoso de Gilmar, que já foi condenado por tráfico de drogas.
Após a polêmica, Abilio declarou que não terá um bom relacionamento com a Casa de Leis caso Jeferson seja eleito presidente, insinuando que existe algo oculto sobre a postura do parlamentar.
Na época, Jeferson garantiu que manteria um diálogo aberto com o futuro prefeito, porém que Abilio não seria bem-vindo na Câmara se continuasse com as posturas e falas incisivas.
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