DA REDAÇÃO
Três areonáves foram adaptação em um mesmo aeródromo privado localizado no município de Nova Ubiratã, cujo proprietário também é investigado pelo consentimento do uso da propriedade como base para transporte internacional de drogas para América Central.
As aeronaves foram preparadas por integrantes do grupo investigado em agosto de 2020, outubro de 2021 e dezembro de 2021. A primeira decolou de Nova Ubiratã em agosto de 2020 e foi utilizada pelo grupo criminoso para transportar entorpecentes para a Guatemala.
Os crimeres são investigados na “Operação TUUP", deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (31), visando desarticular grupo criminoso responsável pelo transporte internacional de drogas para países da América Central com o uso de aeronaves adquiridas e adaptadas no Brasil.
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Aproximadamente 60 (sessenta) Policiais Federais cumprem 06 (seis) mandados de prisão preventiva, 07 (sete) mandados de prisão temporária e 14 (quatorze) mandados de busca e apreensão, além de um mandado de sequestro de bem imóvel, nos Estados do Tocantins, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Pará, Amapá, Santa Catarina e Ceará, todos expedidos pela 4ª Vara Federal SJ/TO.
As autoridades policiais e o Ministério Público da Guatemala informaram a apreensão de 735 (setecentos e trinta e cinco) quilos de cocaína naquela ocasião, informando ainda que a aeronave foi incinerada pela tripulação logo após o pouso realizado em uma pista clandestina, dois dias após deixar o Brasil.
A segunda aeronave foi aprendida em Belize, também na América Central, tendo sido encontrada horas após a decolagem do aeródromo de Nova Ubiratã em outubro de 2021, também utilizada para transportar drogas.
A polícia de Belize informou que a aeronave foi totalmente incinerada pela tripulação, imediatamente após o pouso em uma pista clandestina situada em uma região de Belize próxima à fronteira com a Guatemala.
A terceira aeronave também foi preparada no aeródromo de Nova Ubiratã em novembro de 2021 e decolou no mês de dezembro do mesmo ano para realizar o transporte internacional de drogas.
A Polícia Federal apurou que os aviões adquiridos pelo grupo criminoso foram registrados em nome de terceiros que não possuem condições financeiras que justifiquem as aquisições e não possuem qualquer tipo de relação com a atividade aeronauta, sendo utilizados como “laranjas” ou “testas de ferro” pelos investigados.
As três aeronaves realizaram operações de voos irregulares e continham planos de voos fraudulentos, colocando em risco a segurança do transporte aéreo, fato que também poderá ensejar a responsabilização criminal dos investigados pela prática do crime previsto pelo artigo 261 do Código Penal.
As investigações contaram com o apoio técnico da Agência Nacional de Aviação Civil-ANAC, que também auxiliou a equipe de investigação na deflagração da operação policial.
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