DA REDAÇÃO
O bacharel em direito e eletrotécnico Cláudio Campos, proprietário dos três imóveis localizados ao lado da Escadaria do Beco Alto no Centro de Histórico de Cuiabá e responsável peelas obras embargadas por suposta operação ilegal de garimpo, foi autuado em R$ 417.510,22 pela Secretaria de Ordem Pública (Sorp) pela prática de crime ambiental.
Segundo a Sorp, a multa foi agravada pela reincidência de ter cometido a infração em proveito próprio e não ter as devidas licenças para realização da obras no local.
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) lamentou a situação e pediu ao Instituto Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), Polícia Federal e Polícia Judiciária Civil e Ministério Público do Trabalho (MPT), que tomem providências e que o responsável seja punido conforme determina a lei.
Leia mais:
Prefeitura descobre suposto garimpo ilegal no meio do Centro Histórico de Cuiabá
"A Prefeitura de Cuiabá tem limitação para exercer essas funções porque fogem da prerrogativa da administração municipal. Mas, estamos agindo no limite da lei para que isso não ocorra em Cuiabá, esse absurdo", disse o prefeito durante sua fala na transmissão da live de terça-feira (18).
Segundo a prefeitura, terra e outros materiais eram retirados por caminhões durante a madrugada e nos finais de semana em uma suposta ação de exploração ilegal de ouro (garimpo), além de depredação de patrimônio histórico e trabalho análogo a escravidão por empregar como mão de obra moradores em situação de rua e usuários de drogas, que vivem na região do Centro Histórico.
Fotos feitas pela prefeitura mostram escavações profundas no terreno dos imóveis históricos, entulhos espalhados por até três imóveis, grande pedaços de pedras e outros materiais que têm prejudicado o trânsito de pedras pela escadaria.
Para à imprensa, Cláudio negou que esteja usando o terreno para garimpar ouro, que tenha usado mão de obra escrava na obra e que está reformando os imóveis do próprio bolso para transformar as áreas dos imóveis em um centro cultural e shopping horizontal.
"Quando eu refiro que isso é uma herança para o Centro Histórico, é o legado. Poucas pessoas param com o seu movimento profissional e vão se dedicar a um legado. O que eu estou fazendo no Centro Histórico de Cuiabá? História! Meu nome já está na história", disse.
(Com assessoria)
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.