CECÍLIA NOBRE
Da Redação
Na manhã desta terça-feira (9), a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu o inquérito que investigava o homicídio do advogado Roberto Zampieri, que aconteceu no final do ano passado. Segundo as investigações, além da disputa por uma fazenda no valor de R$ 100 milhões, a relação de Zampieri com um desembargador também motivou o crime.
Foram indiciados o produtor rural Aníbal Manoel Laurindo e o coronel da reserva do Exército Brasileiro, Etevaldo Caçadini, por homicídio duplamente qualificado, diante da premeditação e perversidade do crime praticado.
De acordo com o delegado à frente das investigações, Nilson Farias, outra motivação de Aníbal foi a relação de amizade entre Zampieri e um desembargador, o que, supostamente, poderia beneficiar o advogado na disputa de terras.
“Nós investigamos o homicídio em si, outra motivação do crime é que o mandante acreditava que existia uma proximidade do advogado, Roberto Zampieri, com um desembargador. Por entender que poderia perder [a ação cível] de uma forma escúria”, destacou Nilson.
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Quanto a isso, o delegado informou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) já está realizando as investigações, inclusive, pediram o celular do desembargador para realizar a análise.
Nilson disse ainda que nos autos do processo cível em relação às terras, consta uma suspeição do desembargador alegando essa proximidade. “Então é um fato que não é escondido, no processo cível está lá [a suspeição] e ele se afasta”.
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