ALLAN PEREIRA
Da Redação
Um motorista de aplicativo de 39 anos, identificado pelas iniciais N.A.S., foi alvo de um mandado de busca e apreensão por falsificações de documentos públicos como RG e papéis com timbre do Cartório Xavier de Matos. A esposa dele foi presa em flagrante e, ao pedir para que ele se entregasse e explicasse a situação, recebeu um "não" como resposta.
As ordens foram cumpridas na quarta-feira (2). Segundo informações apuradas pelo Midiajur, o investigado teria usado carimbo falso e adesivo com o timbre de reconhecimento de firma do cartório, além de outros documentos falsos.
Equipes da Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá e da Delegacia e Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos estiveram na casa do investigado, no bairro Planalto, para cumprimento das ordens judiciais. O motorista não foi encontrado na residência. Apenas a esposa, de 27 anos, que foi conduzida em flagrante para a unidade policial.
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Na casa do motorista, os policiais encontraram diversos documentos com indícios de falsificação como RG, procurações e outros papéis com falsas autenticações do Cartório Xavier de Matos, além de placas e documentos de veículos. Um notebook e um CPU foram apreendidos na ação policial.
Entre os documentos de identidade falsificados, os policiais encontraram cinco cédulas de RG com nomes diferentes, mas que apresentavam a foto de identificação do motorista. Também foram encontrados documentos falsificados com fotos de outras pessoas, mas em cada um com diferentes nomes. Além disso, havia fotos 3x4 e um RG falso de uma pessoa presa em uma unidade prisional do Estado.
Com as procurações, os policiais foram até o Cartório Xavier de Matos e abordaram o escrevente, já que um dos documentos tinha sua assinatura. Ele confirmou a assinatura. O funcionário do cartório detalhou que trabalha no setor de reconhecimento de firmas e, por isso, assina inúmeros etiquetas todos os dias.
Os policiais conversaram com a tabeliã, que apontou que a etiqueta de reconhecimento do cartório não foi utilizada nas procurações apresentadas pela equipe policial. Tanto ela quanto o escrevente apontaram que o timbre do cartório foi retirado de outro documento e colocado na procuração falsa. Eles também identificaram uso de carimbo falso nas procurações.
Na delegacia, a esposa do motorista alegou desconhecer que o companheiro estava falsificando documentos e que se ele se entregasse poderia garantir aos policiais que ela não tem participação na falsificação.
O advogado da mulher, que acompanhou o cumprimento do mandado de busca e apreensão e a acompanhou até a delegacia, ligou para o motorista, pediu para ele se entregar e recebeu um "não" como resposta.
A esposa foi autuada em flagrante por falsificação de documento público. Em audiência de custódia, a juíza Mônica Catarina Perri Siqueira concedeu a liberdade provisória, já que a mulher é mãe de duas crianças. Uma delas ainda está em fase de amamentação.
O motorista não se apresentou à polícia. A Polícia Civil investiga a falsificação.
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