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CECÍLIA NOBRE e MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação

Na segunda-feira (28) o Juiz de Direito e Corregedor Prisional, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, determinou a transferência de Almir Monteiro dos Reis, para prisão comum, na Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães. O detento foi o ex-Policial Militar que matou a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni.  

Para o Juiz Geraldo Fernando Fidelis Neto, a Cadeia Pública de Chapada, é uma unidade comum, administrada pelo Sistema Penitenciário de Mato Grosso e não pela Polícia Militar, destacando que não há nenhum benefício.  

Na determinação, o juiz relata sobre a necessidade na separação de um membro ou ex-membro das Forças de Segurança, em relação a massa carcerária, a fim de garantir a integridade física e psicológica, tratando os detentos como presos comuns em uma unidade prisional que possui apenas policiais e ex-policiais, sem regalias.  

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Segundo Geraldo, as detenções de ex-policiais militares presos em unidades comuns, sem separação da massa carcerária comum, já geraram mortes em Mato Grosso e em outros estados do país, sendo assim, para o juiz é dever do Estado garantir a integridade e dignidade da pessoa humana de qualquer um de seus custodiados, até aqueles que não agiram com humanidade.  

Segundo o juiz, colocar um ex-policial militar no Raio 8 da PCE, local onde está presente a cúpula de uma facção criminosa, que opera no estado de Mato Grosso, poderá causar um alarde daquela ala prisional, incentivando e prejudicando toda a unidade prisional. 

“O que se busca é, realmente, misturar os policiais ou ex-policiais à massa carcerária? Quem terá a coragem de pedir e depois assumir as consequências do massacre que acontecerá?”, questionou o juiz.

Por fim, Geraldo Fidelis determinou a transferência imediata de Almir para a Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães, que, segundo ele, é o único lugar onde o Estado poderá salvaguardar a integridade física e psicológica, onde será sujeitado às mesmas regras e sistema de disciplina dos presos comuns.  

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