DA REDAÇÃO
Apontados pela Polícia Civil como mandante e executor do assassinato cruel da produtora de queijos Raquel Cattani, os irmãos Romero Xavier Mengarde e Rodrigo Xavier Mengarde, tinham relações rompidas no período em que a vítima era casada com Romero. A aproximação dos irmãos só ocorreu após a vítima decidir se separar do mandante do crime.
As investigações revelaram que ambos passaram a se encontrar e trocar mensagens.
Os delegados Edmundo Félix e Guilherme Pompeo voltaram suas atenções à participação de Romero no crime após perceberem que o cenário onde o corpo da vítima foi encontrado teria sido montado com objetivo de levar os policiais para a investigação de latrocínio. Isso porque, a televisão da residência estava no chão, com algumas pegadas.
“Questionamos por que alguém tentaria levar uma televisão em uma motocicleta. Tal evidência sugeriu que aquele televisor foi deixado de forma proposital para fora da casa com o intuito de complicar a investigação”, explicou Guilherme Pompeo.
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A partir daí, as desconfianças partiram para o ex-marido. Policiais já tinham conhecimento de que ele mantinha um comportamento possessivo e não aceitava o término da relação com a vítima.
Em novos levantamentos, a Polícia Civil descobriu que o irmão de Romero, o suspeito Rodrigo Xavier, tinha diversas passagens por furtos e outros crimes, além de ter sido usuário de entorpecentes no passado.
Policiais tentaram colher depoimento de Rodrigo, mas o suspeito se esquivou por várias vezes e apresentou inconsistências em sua versão, dizendo que estava morando em uma fazenda. Na terça-feira (23), ele atualizou uma rede social sua como morador de “Cuiabá”.
Nesta quarta-feira, equipes da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos e da Regional de Nova Mutum se dirigiram até o endereço de Rodrigo, na cidade de Lucas do Rio Verde. Após horas de vigilância, ele chegou na residência e, ao ser entrevistado, apresentou muito nervosismo com a presença dos policiais.
Da porta que estava aberta, as equipes observaram um frasco de perfume feminino, em cima de uma bancada. Diante da evidente suspeita, ele confessou o homicídio de Raquel Cattani.
Na casa foram encontrados frascos de perfume, um aparelho de som, um cinto, um porta-celular e uma faca, todos os objetos pertencentes à vítima.
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