LÁZARO THOR e CECÍLIA NOBRE
Da Redação
Após três anos, o fogo atingiu novamente o Parque Estadual Encontro das Águas, no Pantanal Mato-grossense. De acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos 30 pessoas trabalham em operação no local. Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (19), representantes do Bombeiros revelaram que cerca de 10 mil hectares do bioma foram destruídos até aqui.
A operação começou no dia 2 de outubro, quando o primeiro foco de calor foi identificado. Segundo o Coronel Alessandro Borges, o fogo iniciado na região provavelmente foi provocado por causas naturais e não por causas humanas, como anteriormente ocorreu.
A probabilidade é que um raio tenha caído na vegetação, quando nuvens de chuva se formavam na região. O problema maior, segundo Borges, é a formação do chamado "fogo subterrâneo", nas turfas que durante as secas não estão cobertas de água e formam material combustível ideal para a formação das chamas.
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"O fogo subterrâneo no Pantanal, que é a maior dificuldade, aquele material orgânico que alaga mas que na seca apodrece, solta muita fumaça e você quase não vê o fogo, além disso eu estive no Pantanal e é um calor absurdo, umidade baixa e grandes ventos", afirmou o coronel.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 90% da área afetada é particular e 10% é pública, dentro do parque estadual. Borges argumenta que houve pouco impacto na fauna local, uma vez que as chamas estão longe do santuário de onças-pintadas que vivem na região. Apenas alguns búfalos, segundo ele, foram atingidos e sofreram com o fogo.
A redução do foco de calor, segundo Borges, foi de 50% em relação ao ano passado. Mato Grosso é o sétimo estado, em número proporcionais, em focos de calor, segundo o coronel. Borges nega que será preciso apoio de equipes do Prevfogo, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama).
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