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GERAL Sábado, 20 de Janeiro de 2024, 15:42 - A | A

20 de Janeiro de 2024, 15h:42 - A | A

GERAL / DESLIZAMENTOS

Empresários de Chapada relatam queda de até 90% em vendas desde início dos bloqueios na MT-251

Dados da CDL do município apontam que todos os setores têm sido impactados

LETICIA PEREIRA
Da Redação



As vendas dos bares e restaurantes de Chapada dos Guimarães diminuíram 60% após o início dos bloqueios da MT-251, na região do Portão do Inferno, nos primeiros quinze dias de janeiro em comparação com o mesmo período do ano passado. O dado é de uma pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Chapada dos Guimarães (CDL Chapada). Segundo a entidade, a baixa chega a 90% nos dias em que a rodovia é fechada por completo.

A pesquisa da CDL Chapada, realizada no dia 17 de janeiro, buscou analisar o impacto dos contínuos fechamentos da MT-251 para setores econômicos municipais.

Pousadas e agências de turismo, setores que têm protagonismo no período de férias, sofrem com a diminuição dos lucros. A queda do ramo de pousadas foi de 70%, e das agências de turismo 50%. O impacto também chegou às lojas, que tiveram uma baixa de 30% nas vendas, de acordo com a pesquisa.

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De acordo com a entidade, a baixa lucratividade dos restaurantes e bares resultou na dispensa imediata de funcionários contratados, especialmente para o período de férias - considerado de alta temporada. No restaurante Morro dos Ventos foram dispensadas dez pessoas; no restaurante Penhasco, 17 foram demitidos; e na Villa do Chocolate, oito funcionários temporários ficaram sem emprego.

Por conta da seca e das fortes chuvas que caíram na região no ano passado, se iniciou um processo rápido de erosão de sedimentos e rochas dos paredões do Portão do Inferno, na MT-251. Foram três deslizamentos desde o início de dezembro. Desde então, há registro diário da queda de pequenos sedimentos, além de rachaduras no viaduto sobre o precípicio.

Segundo o relatório, todos os setores econômicos do município são direta ou indiretamente impactados pela restrição ao trecho do Portão do Inferno. 

"Todos os setores econômicos estão afetados pela restrição ao trecho do Portão do Inferno. A cidade possui comércio com característica familiar, onde na maioria das vezes o próprio comerciante e sua família são os empregados do estabelecimento", pontua a pesquisa.

A pesquisa de Chapada destaca ainda que proprietários dos pequenos negócios correm risco de segurança alimentar e nutricional. "Muitos não possuem nem quadros de funcionários e vivem com a renda do dia a dia gerada pelo empreendimento", explica a CDL de Chapada.

Chapada dos Guimarães é um destino turístico consolidado em Mato Grosso e o fluxo de visitantes é maior durante o período de férias escolares, que acontece nos meses de janeiro, junho, julho e dezembro. O comércio local aquecido, nessa época, é importante para suportar as baixas temporadas que ocorrem nos meses restantes.

Impactos em outros ramos

Outros setores não relacionados diretamente à atividade turística também foram impactados. Supermercados e agropecuárias estão vendendo 20% a menos, e os não varejistas estão lidando com o aumento do valor de frete das mercadorias.

Os dados ainda alertam para uma crise no setor de construção civil no médio e longo prazo. A pesquisa CDL Chapada aponta que muitas obras foram paralisadas. Nas vendas de materiais de construção, a queda foi de 26% em relação ao mesmo período em 2023.

As imobiliárias reclamam que não recebem mais novos clientes. Segundo a pespquisa, a queda foi de 50% em relação ao mesmo período em 2023.

 

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