ALLAN PEREIRA
Da Redação
A direção do Museu de Arte Sacra afirmou que a diretora representante da instituição, Viviene Lozi Rodrigues, afastada por determinação da Justiça do Trabalho por suposta prática de assédio moral aos trabalhadores, ainda não foi ouvida pelo Ministério Público do Trabalho na fase da investigação do caso .
Em nota, a direção do museu informou que recebe com normalidade a decisão de afastamento da diretora "para que não haja interferência no processo". Leia a nota no final da matéria.
"É importante ressaltar que a defesa está sendo preparada com comprovações e provas que serão apresentadas em momento oportuno", destaca a direção.
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Diretora de museu de Arte Sacra é afastada por assédio moral a funcionários
Viviene foi afastada por um prazo inicial de dez dias, em uma ação cível pública movida pelo Ministério Público do Trabalho, desde a última terça-feira (4).
Conforme decisão do juiz juiz Wanderley Piano da Silva, da 9ª Vara do Trabalho de Cuiabá, há robustas provas de que o assédio praticado por Viviane possa ter contruído para o adoecimento de funcionários. Em um dos casos, uma ex-funcionária do museu cometeu suicídio 14 dias após deixar o trabalho.
A partir de então, o MPT instaurou inquérito para para apurar se a conduta da diretora contribuiu para o suicídio da funcionária , além de verificar a possível ocorrência de assédio moral dentro do museu.
"Foi possível concluir que, de fato, as atitudes da Sra. Viviene instauraram um ambiente de assédio moral generalizado, tendo vitimado não só a denunciante, Sra. A.L., mas também outros trabalhadores", conclui a investigação do MPT.
Na decisão, o juiz Wanderley Piano da Silva entendeu "haver robustas provas da prática de assédio moral por parte da diretora" e que ela "cria um ambiente hostil aos trabalhadores e coloca em risco sua saúde mental".
"Os depoimentos colhidos pelo autor [MPT] no bojo do inquérito civil são uníssonos no sentido de que ela atuava e continuou atuando após sua instauração com menosprezo, ridicularização, ameaças e cobranças desproporcionais aos trabalhadores, de forma agressiva e autoritária, desencadeando em alguns condições psiquiátricas", destaca o magistrado.
O juiz aplicou multa mensal de R$ 20 mil ou R$ 5 mil, a depender do descumprimento de algumas das medidas determinadas na judicial. Uma audiência foi marcada para 04 de maio para ouvir testemunhas do processo.
Leia a nota
Sobre a determinação da Justiça do Trabalho para que a Associação dos Produtores Culturais do Mato Grosso afaste a diretora do Museu de Arte Sacra, Viviene Lozi Rodrigues, por suposta prática de assédio moral, a direção do Museu informa que vê a medida de afastamento com normalidade para que não haja interferência no processo.
A direção do museu acrescenta porém que, na fase de inquérito, não foram ouvidas a diretora da instituição e nem outras testemunhas.
Outrossim, é importante ressaltar que a defesa está sendo preparada com comprovações e provas que serão apresentadas em momento oportuno.
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