GILSON NASSER
DA REDAÇÃO
Uma familiar rompe o silêncio e revela o enfrentamento que faz na Justiça para provar a inocência do advogado Cleber Lagreca, que está preso preventivamente desde setembro deste ano, suspeito da morte da empresária Elaine Stelatto, ocorrida no lago do Manso, em outubro de 2023.
A familiar, que terá a identidade preservada, aponta que a denúncia do Ministério Público foi direcionada para fabricar uma imagem de “monstro” do servidor público. Isso teria ocorrido mediante distorção dos fatos e uso “malicioso” dos laudos e perícias realizados para investigar a causa da morte da empresária.
“Tudo o que alegaram contra o Cleber no processo não tem prova. Construíram uma imagem de um monstro, de um perverso. Querem um culpado para uma morte trágica, é um absurdo tudo o que estão fazendo”, afirma a familiar.
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Ela relata que, diferentemente do que tentam imputar a Cleber, “ele sempre foi respeitoso com todos ao seu redor”. O servidor também era o responsável por cuidar da mãe, que faleceu vítima de câncer em maio deste ano, e ajuda financeiramente a família.
“Cleber sempre foi um homem bom, que cuida de quem está perto dele, principalmente da família. É uma pessoa de fé, que respeita todo mundo, que gosta de viver a vida e que jamais faria uma crueldade dessas como estão o acusando”, disse.
Ela declara que as acusações feitas pelo Ministério Público contra o servidor público têm provas nos autos do processo que demonstram o contrário. “Falaram que ele tinha violentado sexualmente a Elaine, e não foi encontrado material genético dele nela. Falaram que ele tinha agredido ou a estrangulado, e a perícia comprovou que não há sinais de violência, e que a morte foi provocada por afogamento e os ferimentos em seu corpo são decorrentes da corda usada como cabo de segurança. Tudo, absolutamente tudo o que fizeram para incriminar o Cleber, os documentos oficiais demonstram que as acusações não são verdadeiras”, assevera.
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Um dos pontos questionados pela familiar é: “como alguém que iria cometer um crime teria tantas testemunhas?”. Ela cita o fato de Cleber ter ido de Uber ao lago do Manso com Elaine para um passeio romântico. “Eles já se conheciam há seis meses, já tinham saído juntos, e naquele dia foram fazer o passeio de lancha. E o Uber ficou esperando por eles”.
A lancha, de propriedade de Cleber com mais um sócio, segundo a familiar, costumava apresentar pane no motor. E naquele dia não foi diferente, tanto que precisou ser rebocada por um funcionário da marina, que utilizou um jet ski para rebocar a embarcação.
“Aquele dia estava muito quente. A lancha é pequena, não tem refrigeração. E enquanto estava sendo rebocada, a Elaine pediu duas vezes para poder parar e se refrescar no lago”, conta a familiar.
Conforme constatado pelo IML, Elaine havia consumido bebida alcoólica, fato que agravou as condições para o afogamento. A perícia também constatou que os ferimentos encontrados em seu corpo foram provocados pela corda, que ela usou como cabo de segurança.
“Naquele dia, Cleber por muito pouco não morreu afogado também, pois, ao perceber que Elaine estava se afogando, ele pulou na água e tentou resgatá-la. Mas, infelizmente, sozinho ele não conseguiu. Ele tentou gritar por ajuda, mas o piloto do jet ski estava a uma distância que não conseguiu ouvir o pedido de socorro. Foi uma tragédia, um acidente, e estão tentando colocar a culpa no Cleber a qualquer custo”, detalha a familiar.
A familiar pontua que tem esperança na Justiça e que todos os elementos que provam a inocência de Cleber Lagreca já estão no processo. “Está tudo lá, todas as evidências de que Cleber não matou Elaine. Eu confio na Justiça e tenho esperança de que a verdade vai prevalecer. Eu só tenho lutado todos os dias porque eu tenho certeza de que Cleber é inocente”, conclui.
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