MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
A Prefeitura de Cuiabá ainda não vai publicar decreto desobrigando o uso de máscaras em ambientes fechados como medida de combate à Covid-19. A informação foi dada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) em live na noite de terça-feira (9).
O prefeito, porém, prometeu que, se os números de casos, óbitos e vacinação seguirem melhora, a obrigatoriedade da máscara deve ser retirada "em poucos dias".
Leia mais:
Governo revoga obrigatoriedade de máscaras; prefeituras devem regulamentar
O Governo do Estado, em decreto do governador Mauro Mendes (UB), desobrigou o uso das máscaras na segunda-feira (7). Em Cuiabá, o Equipamento de Proteção Individual (EPI) é obrigatório apenas em ambientes fechados. No caso de ambientes abertos, é facultativo desde novembro de 2021.
"Desde o começo desse pesadelo que foi a pandemia, que vitimou e dilacerou muitas famílias, eu sempre tenho me pautado pela prudência, pela responsabilidade, e sempre priorizando o direito à saúde e à vida das pessoas. Às vezes, tomando decisões que eu não gostaria de tomar, mas como prefeito da Capital, com a responsabilidade e a honra de sentar nesta cadeira, me faz ter que tomar algumas decisões sempre orientadas pela Organização Mundial da Sáude e pelo Ministério da Saúde, além do nosso Comitê de Enfrentamento à Covid-19, formado por técnicos gabaritados, qualificados, especialistas da Prefeitura de Cuiabá", disse o prefeito na live.
Emanuel destacou que foram aplicadas 1,1 milhão de vacinas contra a Covid-19 na Capital até o momento. De acordo com o prefeito, para adultos acima de 18 anos, a cobertura da primeira dose está em 96%, e da segunda dose, em quase 90%. Dos adolescentes, entre 12 e 17 anos, a primeira dose está em 80% e a segundae, em 50%.
A vacinação das crianças tem sido a de maior dificuldade. Há vacinas para aquelas com idade entre cinco e 12 anos. O prefeito destacou que a cobertura da primeira dose para essa faixa etária saltou de 14% para 27% nas últimas semanas.
O período mostra queda de casos confirmados e de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e pediátrica, além das enfermarias. UTI adulto tem ocupação em 25% e UTI pediátrica está em 20%. As enfermarias para adultos têm 60% de ocupação, enquanto as enfermarias infatis estão com 0% .
"São números altamente satisfatórios, mas ainda não nos permitem hoje retirar as máscaras. O que eu quero dizer com isso? A máscara... não se resolve a pandemia por decreto. Não posso chegar aqui e dizer que vou acabar com o vírus por decreto. Decreto do prefeito ou do governador e vai acabar o vírus, não é assim. Então, deixa a população por si só, a população cuiabana é participativa, politizada, inteligente, cuidadosa, zelosa, deixa cada um decidir por si qual a melhor forma de enfrentar o vírus", afirmou o prefeito.
Emanuel registrou que a retirada da obrigatoriedade da máscara em ambientes abertos foi feita pelo então prefeito interino José Roberto Stopa (PV), mas que ele não revogou a medida quando retomou o cargo.
"A população gradativamente soube se acomodar e soube se cuidar. Assim vai ser o uso de máscaras em ambiente fechado. A tendência, eu estou continuando essa melhoria de números, em poucos dias (vou) colocá-la como facultativa, e deixar que cada cidadão, cada família, decida a melhor forma de se prevenir, de se defender, de proteger a si e à sua família da Covid-19. E tirando muitos medos, eu vejo muita gente de carro sozinha com máscara, não precisa. Tem muita coisa que ainda faz parte do fantasma, da dor do trauma, mas deixa que a população, com a sua experiência, com os seus cuidados com a família, a população sabe muito bem decidir por si. O que eu me comprometo é: mantendo-se esses números, em questão de dias, eu vou tornar o uso da máscara facultativo, e deixar para que cada cidadão e cidadã cuiabano cuide de si e da sua família, que aliás eu sei que sabem se cuidar muito bem", declarou.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.
