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GERAL Domingo, 18 de Agosto de 2024, 14:24 - A | A

18 de Agosto de 2024, 14h:24 - A | A

GERAL / PERIGO

Corpo de Bombeiros alerta sobre ataques de abelhas no período de reprodução

Processo de enxameação normalmente ocorre de julho a agosto na região

DA REDAÇÃO



O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) alerta a população sobre a necessidade de adotar medidas de precaução durante o período de enxameação, que é a reprodução de abelhas, que normalmente ocorre no período de julho a agosto na região.

De acordo com o professor de Apicultura da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Afonso Lodovico Sinkoc, a enxameação é o processo reprodutivo das colmeias, no qual um enxame mãe pode gerar diversos enxames filhos que se dispersam para outras áreas.

Durante essa movimentação, os enxames voadores tendem a ser menos agressivos, mas depois de se estabelecerem em um novo local, podem retomar o comportamento defensivo.

"Uma vez instalados, esses enxames voltam a apresentar o comportamento normal de defensividade, podendo ocorrer imediatamente após a instalação ou num período de até duas semanas, então esse enxame, uma vez estabelecido, pode responder aos estímulos externos que possa identificar como possíveis agressões, como odores, barulhos, e vibrações que podem desencadear essa resposta”, explica o professor.

Vale ressaltar que o comportamento nas colmeias não é padrão. Existem colmeias mais tolerantes e menos tolerantes ao nível de agressão. Além disso, a resposta do enxame pode variar naturalmente de acordo com as condições climáticas, sendo mais responsivos em dias mais frios e chuvosos.

“Como estamos em época de enxameamento, até os próprios moradores, muitas vezes desconhecem que em determinado local se instalou uma colmeia, e por hábito normal podem gerar estímulos que resultem numa resposta defensiva por parte do enxame” complementa.

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Consequências das queimadas

Outro ponto importante é que, em alguns casos de incêndios, os enxames instalados na área afetada podem optar por abandonar suas colmeias e se tornar enxames voadores, buscando se estabelecer em novos locais. Isso pode resultar em um aumento desses enxames no ambiente.

“Esse problema vai depender da área queimada e do número de enxames que foram afetados e que conseguiram sair, porque muitas vezes, dependendo de como ocorre o processo de avanço do fogo, não dá tempo do enxame sair e ele acaba sendo eliminado”, finaliza o professor.

O comandante-geral do CBMMT coronel Flávio Gledson Vieira Bezerra, reforça que a população esteja ciente de que o fogo pode causar a destruição da vegetação, a perda de habitats e contribuir para o agravamento da seca.

“Enfrentamos um período de estiagem e que além de ser crime, fazer queimadas prejudica a saúde humana, o meio ambiente, e afeta os animais”, afirma o comandante-geral.

Como evitar picadas

O apicultor e bombeiro militar da 10ª Companhia Independente Bombeiro Militar (10ª CIBM) em Sorriso, soldado Niki Nelson Lima Antonietti, lista algumas dicas e orientações para evitar picadas de abelhas e de outros insetos.

Em primeiro lugar, é essencial evitar movimentos bruscos ao se deparar com enxames, gestos agitados podem ser interpretados como uma ameaça, desencadeando reações defensivas por parte desses insetos.

Ao trabalhar em áreas propensas a encontrar abelhas, como jardins ou áreas rurais, é recomendado usar roupas protetoras. Utilizar calças compridas, mangas longas, luvas e sapatos fechados, pode minimizar o risco de picadas. Essas medidas simples podem oferecer uma camada adicional de proteção.

Outra precaução importante é manter alimentos e bebidas cobertos quando se está em ambientes abertos. Os insetos são atraídos pelo cheiro e podem se tornar uma presença indesejada durante as refeições ao ar livre.

Educar as crianças sobre o comportamento das abelhas também é um papel fundamental na prevenção a picadas. É importante que as crianças sejam ensinadas a reconhecer esses bichos, a manter a calma diante de um encontro e a relatar imediatamente a presença deles a um adulto responsável.

Como agir em caso de picadas

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), o quadro de intoxicação por picada de inseto varia pela quantidade de veneno aplicado e sensibilidade em relação à reação alérgica a ele.

No caso de poucas picadas, o quadro clínico pode variar de uma inflamação local até uma forte reação alérgica (choque anafilático). Em situações de múltiplas picadas, pode ocorrer uma manifestação tóxica mais grave e, às vezes, fatal. Por isso é importante o tratamento adequado.

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