MARINA CINTRA
Da Redação
O coronel da reserva do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, contratou e recebeu os suspeitos de executarem o advogado Roberto Zampieri, em seu escritório em Belo Horizonte (Minas Gerais).
Durante uma coletiva de imprensa no início da tarde desta quarta-feira (17), os delegados Edison Pick e Nilson Farias afirmaram que o coronel iria repassar cerca de R$ 20 mil para o pistoleiro Antônio Gomes da Silva, sendo R$ 20 mil de entrada e o restante após o serviço finalizado.
Já o instrutor de tiros Hedilerson Fialho Martins Barbosa, segundo envolvido na execução do crime, não receberia nada. Ele é amigo do coronel e viu o serviço como uma troca de favores. “O senhor Etevaldo Caçadini foi quem recebeu os dois pistoleiros em seu escritório para repassar a demanda e o dinheiro para que realizassem a execução do advogado”, afirmou os delegados.
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Etevaldo foi transferido com autorização judicial para Cuiabá, chegou depois do meio-dia sem uso de algemas e foi encaminhado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Os delegados apontam que o dinheiro seria repassado em espécie para o Antônio. Contudo, o pedreiro não chegou a receber o valor total, pois foi preso um dia antes de receber a segunda parcela do montante. "Foi R$ 20 mil só para o Antonio. O Barbosa alega não ter recebido nada, pois eles eram amigos e tinham uma relação amigavel no trabalho e no estande de tiros", esclareceu.
O crime
O advogado Roberto Zampieri, de 56 anos, foi assassinado a tiros, dentro de sua caminhonete, na noite de 5 de dezembro de 2023, em frente ao seu escritório de advocacia, localizado no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. O atirador ficou na frente do local, esperando o advogado sair.
As investigações apontaram o pedreiro Antônio Gomes da Silva como o atirador e o instrutor de tiros, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, seria o intermediador do crime. Já a empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo é suspeita de encomendar a morte de Zampieri. Depois de terem os mandados de prisão cumpridos em duas cidades de Minas Gerais, os três suspeitos foram transferidos para Cuiabá.
O coronel teve o mandado de prisão cumprido, em Belo Horizonte (MG), nesta segunda-feira (15), após a delação de outros dois suspeitos no envolvimento da morte do advogado Roberto Zampieri, em Cuiabá, no final do ano passado.
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