Comprimidos de ecstasy serão usados para treinar cães farejadores do BOPE

Solicitação foi feita pelo Bope à Polícia Federal, que atendeu ao pedido e disponibilizará 30 comprimidos

LÁZARO THOR

Ao menos 30 comprimidos dos 12 mil comprimidos de ecstasy apreendidos nesta quinta-feira (15) em Cuiabá serão usados para treinar cães farejadores do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT).

O pedido foi feito pela coordenação do BOPE nesta sexta-feira (16) à Polícia Federal, que liderou a apreensão em Cuiabá.

"Solicito a disponibilização de 30 comprimidos de ECSTASY, apreendidos recentemente por esta valorosa unidade da
Polícia Federal, de forma com que possam ser utilizados para treinamento dos cães de faro de entorpecentes do canil do BOPE, que são empregados diariamente em ações integradas com diversas forças de segurança pública com a finalidade de repressão ao tráfico ilícito de drogas em todo o Estado de Mato Grosso", diz trecho do ofício enviado à PF.

O pedido do Bope foi aceito no mesmo dia pela delegacia da PF em Cuiabá.

"Com efeito, os cães do BOPE/PMMT são empregados diariamente em ações integradas com diversas forças de segurança pública, com a finalidade de repressão ao tráfico ilícito de drogas, em todo o Estado de Mato Grosso [...] Forte nessas razões, ouvido o il. representante do Ministério Público, represento pela disponibilização de 30 (trinta) comprimidos de MDMA apreendidos, em favor do Bope", diz trecho.

Apreensão

Ao todo, a PF apreendeu 12333 comprimidos de ecstasy em Cuiabá nesta quinta-feira (16). Os comprimidos tinham marcas de "Pinguim" e "Warner Bross".

Conforme apuração, droga seria enviada pelos Correios para os estados do Paraná e Bahia. Segundo a polícia, o valor da apreensão supera o valor de um milhão de reais. Cada comprimido é vendido por aproximadamente R$ 100,00.

Em um dos braços, os policiais observaram, ainda, que o traficante possuía tatuagem do químico suíço Albert Hofmann, responsável por criar o LSD. Ele também carregava livros do “pai do LSD".

Após a análise dos documentos apresentados durante a prisão verificou-se que o veículo foi adquirido mediante a fraude em nome de uma terceira pessoa. O suspeito está preso e a polícia federal agora investiga o caso.

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