MIKHAIL FAVALESSA E ALLAN PEREIRA
Da Redação
O governador Mauro Mendes (União Brasil) lembrou que tem o PT como adversário desde a gestão à frente da Prefeitura de Cuiabá, e avaliou como "natural" uma aproximação com o presidente Jair Bolsonaro (PL). O PT tem como pré-candidato o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tem dois deputados que fazem oposição a Mauro na Assembleia Legislativa.
A visita de Bolsonaro a Cuiabá em 19 de abril sinalizou proximidade de ambos. O presidente esteve em eventos religiosos e da Polícia Militar. Em um dos discursos, no Grande Templo, da Assembleia de Deus, Mauro Mendes afirmou que "o Estado estará ao lado do nosso presidente", indicando possível apoio nas eleições em que ambos devem disputar a reeleição.
Nesta quarta-feira (27), durante visita técnica às obras do Hospital Julio Muller, Mauro afirmou que "a conversa foi muito rápida, mas bastante amistosa" com Bolsonaro no encontro em Cuiabá.
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O governador pregou relação de respeito com os Poderes constituídos, incluindo o presidente da República.
"Eu procuro sempre não criar problemas que não levem à construção de bons resultados, e é assim que eu tenho agido nesses três anos. Com o presidente da República tenho procurado sempre ter um bom relacionamento, concordo com muita coisa que ele fala ou faz, discordo de algumas, como é natural que assim seja, assim como as pessoas discordam de mim, e nós estamos caminhando, eu construindo um possível projeto de candidatura, ele já colocou-se como possível candidato, e o diálogo continua até as convenções, mas existem boas possibilidades de caminharmos juntos", declarou.
Mauro foi questionado sobre falas de bolsonaristas e de aliados, que têm dito que não há exatamente um alinhamento entre ele e o presidente.
"Eu não me lembro de ter nomeado ninguém como meu porta-voz. Se tem alguém dizendo algo por mim está conversando fiado, está mentindo", asseverou.
Mas ponderou: "É natural que as pessoas façam as suas interpretações. Eu disse e vou repetir que o PT sempre foi meu adversário aqui no Estado de Mato Grosso. Eu virei prefeito de Cuiabá enfrentando o PT nas urnas, virei governador de Mato Grosso e o PT não me apoiou. Hoje o PT, com dois deputados, são oposição na Assembleia Legislativa".
O governador se disse " mais distante desse campo" do PT, mas afirmou ter "muito respeito pela Rosa Neide, que eu considero uma excelente deputada federal, e até me relaciono bem".
"Porque acho que o PT aqui, tenho que dizer isso, faz um tipo de oposição que eu chamo de oposição necessária, decente, correta, não tenho problema nenhum. São adversários políticos, não tenho com nenhum deles nenhum tipo de problemas pessoais. Recebi o Barranco lá por várias vezes como presidente do partido, um diálogo respeitoso, mas de oposição. É mais natural que estejamos mais próximos do campo do presidente Bolsonaro que do campo do presidente Lula", finalizou.
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