MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) deu um recado ao deputado federal e pré-candidato ao Senado, Neri Geller (PP), de que não aceitará uma "chapa camarão", sem candidato ao Governo do Estado.
Emanuel sinalizou apoio a Neri desde o começo de julho, com a primeira-dama Márcia Pinheiro (PV) sendo indicada como 1ª suplente na chapa ao Senado.
Neri tem se aproximado da federação formada por PV, PT e PCdoB, com aval da direção nacional do Partido dos Trabalhadores. O grupo, porém, ainda não tem definido um nome para disputar o Governo do Estado.
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Nessa toada, Neri poderia ter apoio da federação, mas seguir com o grupo do governador Mauro Mendes (União Brasil), de quem Emanuel é opositor.
Nesta segunda-feira (1º), Emanuel chamou a situação de "grande armação pelo W.O.", se referindo à possibilidade de Mauro concorrer à reeleição sem um nome forte de oposição.
"Para ter a primeira-dama de 1ª suplente, só se tiver uma candidatura competitiva ao Governo do Estado. A gente precisa ter a convicção, a certeza. Não podemos ficar nesse mar de dúvidas de que estariam fazendo um jogo, uma articulação para o governador, para preparar o W.O., fazendo uma chapa camarão, sem a cabeça, e só colocando a candidatura ao Senado como a única pauta importante para as eleições de Mato Grosso neste ano. Não é. E nem a primeira-dama vai se prestar a esse papel, até porque estaríamos traindo o nosso eleitorado e a sociedade", afirmou Emanuel em evento no Palácio Alencastro.
De acordo com o prefeito, caso Neri continue defendendo participar do "palanque aberto" de Mauro, Márcia não será suplente na chapa ao Senado.
"Eu jamais vou deixar passar para a sociedade, eu jamais faria isso, de que eu estaria negociando todo nosso posicionamento político, todo questionamento que faço com relação ao governo, em defesa da sociedade, por uma 1ª suplência", defendeu.
O prefeito citou pautas nas quais diverge de Mauro como "perseguição contra servidores, desmonte do serviço público, RGA, perseguição a aposentados e pensionistas, o governo mais taxador da história, o VLT, a defesa do rio cuiabá contra hidrelétricas", entre outras.
"Tudo isso são pautas conceituais que têm que ser debatidas com a sociedade mostrando onde está nossa divergência com o Governo do Estado. Jogar tudo isso fora para um interesse menor, pessoal, jamais, não há necessidade, não estamos atrás disso. Estamos atrás de um projeto alternativo e de um grupo político que represente um projeto alternativo que dê expectativa e esperança à sociedade mato-grossense", discursou.
De acordo com Emanuel, "a decisão é da Márcia, mas ela precisa do meu apoio".
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