ALLAN PEREIRA E MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Foi com tom de tranquilidade que a senadora Simone Tebet (MDB), vê que o apoio do Movimento Democrata Brasileiro (MDB) não apoie seu projeto de ir para a Presidência da República, mas sim do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“E viva a democracia! A democracia é isso. Nós estamos falando do partido que tem o maior número de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. É natural que não tenhamos a unanimidade, mas vamos ter a unidade do partido na convenção. Nós temos pelo menos 80% do diretório conosco”, disse Tebet na manhã desta segunda (23), em coletiva de imprensa no Palácio Alencastro.
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Para os jornalistas, a senadora pontua que o MDB é um partido municipalista e regional e que as alianças locais devem ser respeitadas.
“Dentro da democracia, teremos palanques que estarão divididos e temos que respeitar essa regionalidade, especialmente o nosso partido. MDB é um partido municipalista e regional. Sempre foi assim e não vai ser diferente dessa vez”.
Destaca também que pôs o seu nome na disputa para somar com outros e que, até o final do ano passado, havia sete pré-candidatos que se colocaram como terceira via ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT).
“Sempre me coloquei no palanque para somar, jamais para dividir. Jamais iriamos em uma candidatura até o final se fosse para dividir. Só que, no meio do caminho, o presidente do Congresso, o ex-juiz Sergio Moro e o ex-ministro Marcelo Queiroga deixaram de ser candidato. Chegamos com duas pré-candidaturas – a minha e do Doria”.
Contudo, o governador do Estado de São Paulo, João Dória (PSDB), também anunciou que não disputar as eleições neste ano.
A senadora cita a frase do presidente Ulysses Guimarães – “um partido que não se apresenta ao Brasil é um partido que está fadado ao esquecimento” – para explicar as baixas do MDB na Região Nordeste.
Já na Região Sul e Sudeste, Tebet aponta que a sigla deve fazer uma mea-culpa e aponta o enfraquecimento do MDB devido ao escândalo do Petrolão.
Disse, no entanto, que o MDB nunca faltou ao Brasil nos mais importantes de conflito.
“E não vai ser nesse momento que ele vai se acovardar. O MDB terá candidatura própria. Eu tenho confiança tudo. Conversei com todos e a gente sempre fala das exceções, e nunca da regra. Repito, 80% do diretório do MDB, naqueles que votam no MDB, estão conosco”.
Em Cuiabá, Tebet também declarou que se deve evitar falar de Lula e Bolsonaro e falar do Brasil real, cujos temas são inflação, fome, desemprego e miséria.
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