MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Tem crescido nas últimas semanas a pressão para que o senador Wellington Fagundes (PL) seja candidato ao Governo do Estado em outubro. A candidatura do senador, que já disputou esse cargo em 2018, teria apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca palanques nos Estados para sua reeleição.
Wellington foi um dos articuladores da filiação de Bolsonaro ao PL no final de 2021. Apesar disso, tem dito que prefere disputar a reeleição ao Senado.
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Caso não entre na disputa, o grupo político em torno do senador teria o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), como "plano B" e ainda o ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB) como opção.
De acordo com Emanuel, o grupo busca um perfil de candidatura para antagonizar o governador Mauro Mendes (UB), que deve ir à reeleição;
"Emanuel Pinheiro (é o plano B). Estou pensando seriamente, até conversei em casa. Não podemos ver o que está acontecendo no Estado hoje e não fazer uma proposta alternativa de um novo modelo de gestão, de um líder que lidere, que tenha prazer em liderar, que respeite a sociedade, que seja humilde, que dialogue com todos, que priorize e trate com respeito os servidores públicos, que converse com respeito com o comércio, que olhe o setor produtivo de forma diferente e não apenas como instrumento de arrecadação, como um segmento importante para o desenvolvimento econômico com geração de emprego e renda, que se compadeça com a injustiça social que ainda existe em Mato Grosso, que priorize os pobres e não um pequeno grupo de ricos, que olhe para os municípios menos desenvolvidos com mais visão de futuro, com mais capacidade de investimentos... um gestor que saiba olhar Mato Grosso como um todo, como um Estado em ascensão e que tem quase 3,5 milhões de habitantes, e não um Estado como um grupo de amigos de quatro ou cinco", afirmou.
A fala foi feita durante evento para assinatura de contrato com entidades filantrópicas da educação, na última segunda-feira (21).
O próprio Wellington já confirmou que tem recebido pressão de aliados para sair ao Governo. A viabilidade da candidatura, porém, é vista com cautela, já que Mauro Mendes caminha com certa tranquilidade para busca novo mandato.
De acordo com Emanuel, um prazo para a decisão de Wellington deve ser dado, provavelmente na primeira quinzena de março.
É olhar Mato Grosso com espírito visionário, olhando para os próximos, 10, 20, 30, 40, 50 anos, é esse tipo de perfil, de novo modelo de gestão e de gestor que nós queremos apresentar para Mato Grosso e estamos conversando.
"Candidato ideal: senador Wellington Fagundes. Estamos esperando a resposta dele. Eu quero estabelecer isso (um prazo). Porque a minha prioridade é Cuiabá, acima de tudo. É Deus em primeiro lugar e Cuiabá acima de tudo. Eu estou pensando em dar um prazo para ele até o dia 10 ou dia 15. Ele tem que falar. Se ele não aceitar a missão, e ele é o consenso entre nós, agrega todas as forças e traz forças novas, além dessa que ele trouxe agora que é o presidente Bolsonaro, que é muito forte em Mato Grosso. Wellington agrega, no momento, o perfil ideal para representar essa nova alternativa, esse novo modelo de gestão que queremos discutir com a sociedade mato-grossense. Ele não vindo, pode ser Emanuel Pinheiro, Nilson Leitão, ou podemos construir um outro nome, que represente isso por Cuiabá e por Mato Grosso", disse o prefeito.
O grupo teria ainda o MDB, segundo Emanuel. O partido caminha na esfera estadual na base de apoio de Mauro. Tem, inclusive, a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) com Silvano Amaral (MDB).
"O MDB não é problema, é solução", definiu o prefeito.
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