CAMILA MATTOSO
Da Folhapress - Brasília
Parlamentares de Brasília interpretaram os discursos de Jair Bolsonaro e do senador Flávio, no ato de filiação do presidente ao PL, como demonstração de que a estratégia para alcançar o 2º turno em 2022 do presidente será manter os votos entre evangélicos e evitar perda do eleitorado anti-PT para Sergio Moro (Podemos).
A oração antes da fala do presidente e a afirmação do filho de que o pai é um "humilhado que está sendo capacitado por Deus" miraram, na visão dos políticos, os fiéis e os partidos que os representam.
Leia mais
Presidente Bolsonaro se filia do PL e volta ao Centrão
Os ataques de Flávio, como a comparação de Moro a um traidor, são classificados como reconhecimento de Bolsonaro de que vê no ex-ministro um adversário forte no eleitorado antipetista e entre defensores do combate à corrupção, carreiras de segurança e até militares.
No evento, o discurso mais político e eleitoral coube a Flávio Bolsonaro (RJ), que também se filiou ao PL nesta terça.
Flávio relembrou do episódio em que Moro divulgou conversa com a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), de quem foi padrinho de casamento, a respeito da troca no comando da Polícia Federal.
"Juntos, vamos vencer o vírus, qualquer traidor e qualquer ladrão de nove dedos, pelo bem do Brasil", afirmou.
O filho senador do presidente atacou também os governos petistas -que parte da plateia apoiou no passado.
"Ainda querem nos fazer crer que um ex-presidiário, preso por roubar o povo brasileiro, estará à frente [de Bolsonaro nas pesquisas]."
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.