MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O ex-ministro e atual presidenciável Ciro Gomes (PDT) afirmou que tem "inclinação" de levar seu partido a apoiar o governador Mauro Mendes (DEM), em possível ida à reeleição.
Ciro também declarou esperar um "lugarzinho" no palanque de Mauro em Mato Grosso.
O pré-candidato à Presidência da República deu entrevista à Rádio Capital FM, de Cuiabá, na manhã desta quinta-feira (3).
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Ciro foi questionado sobre os deputados que o PDT busca filiar no Estado, mas jogou a responsabilidade para o deputado estadual Allan Kardec, presidente estadual da sigla.
"A minha inclinação, é claro que eles têm autonomia, é a gente seguir apoiando Mauro Mendes, também um amigo de longa data. Aliás, eu tenho boa amizade com quase todas as lideranças do Mato Grosso pelo relacionamento e admiração que eu tenho", disse.
O ex-ministro da Integração Nacional, cargo ocupado na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre 2003 e 2006, citou projetos feitos no Estado, como o da rodovia BR-163, de Cuiabá a Santarém.
"Lutei contra esse ambientalismo estreito que, às vezes, não vê as possibilidades extraordinárias de progresso que o Brasil tem, mesmo protegendo a sustentabilidade ambiental. Como luto obstinadamente para que o Brasil diversifique o perfil produtivo, porque o agronegócio gera muita divisa para o país, mas gera pouco emprego, e gera pouco tributo. E Mato Grosso é um potencial explosivo de agroindústria, para trás e para frente. Tenho tudo isso estudado, fui ministro da Integração Nacional, fui ministro da Fazenda, conheço as pessoas... lembrando aqui do velho... velho não, que não está mais entre nós... Dante de Oliveira, meu amigo Blairo Maggi, enfim", lembrou.
O presidenciável seguiu afirmando que sua candidatura deve ser uma "alternativa para o Brasil para encerrar essa crônica de ódio", se referindo ao antagonismo entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Para Ciro, os quase 70% de mato-grossenses que votaram em Bolsonaro em 2018 o fizeram em protesto "contra a crise econômica trágica e a ladroeira generalizada do Lula e do PT", "e agora esteja o Brasil sendo chamado a votar no PT e no Lula para se livrar e protestar com a decepção do Bolsonaro. A gente não aguenta mais isso".
"A situação é delicada" em relação a Mauro, no entendimento do pedestista, que lemboru que nem 2018 Mauro tinha em sua base aliada apoiadores de Ciro e também de Bolsonaro.
"E o Mauro Mendes, para além de mais, está fazendo um bom Governo, minha opinião. Eu quero lhe dizer que o PDT tem autonomia local, vai fazer o que o professor Allan Kardec reunir com os companheiros e decidir. Mas a minha simpatia pelo Mauro Mendes deriva pelo fato de que ele está fazendo um Governo correto, ajustou as contas do Mato Grosso, está investindo, é correto, não tem escândalo, e é um bom amigo de longa data", afirmou.
O pré-candidato foi questionado sobre possíveis conversas tidas com Mauro, mas evitou entrar em detalhes.
"Vamos ver. Eu não constranjo amigos. Ele tem a responsabilidade de governar o Mato Grosso e eu sou um candidato. Então, o candidato tem quer habilidade, sensibilidade, humildade, para entender que tem aí as delicadezas dele, mas eu espero ter um lugarzinho no palanque dele", sinalizou.
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