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ELEIÇÕES 2024 Domingo, 27 de Março de 2022, 12:38 - A | A

27 de Março de 2022, 12h:38 - A | A

ELEIÇÕES 2024 / CONTRA A PAREDE

Caciques políticos de MT reclamam da indefinição de Mauro

Base partidária quer saber se governador vai para a reeleição e quem ele apoia para o Senado

ALLAN PEREIRA E MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação



Aliados políticos colocaram Mauro Mendes (União Brasil) na berlinda esta semana para que este defina se vai à reeleição este ano e para quem vai dar apoio a única vaga ao Senado disponível para Mato Grosso. O grande impasse envolve os nomes do deputado federal Neri Geller (PP) e do senador Wellington Fagundes (PL).

Ainda na última segunda (21), Mauro respondeu, até de forma um pouco exaltada, que sua indefinição não atrapalha a candidatura de ninguém.

“Eu não nasci grudado com ninguém, nem nasceram grudado comigo. Cada um faz o que projeto político que lhe é conveniente. Eu tenho o meu tempo e vou trabalhar dentro dele. Eu tenho minhas prioridades e a prioridade continua sendo atender o cidadão e fazer gestão”, reforça.

Leia mais:

Partidos definem apoio à candidatura de Neri Geller ao Senado

Mauro afirma que anuncia no dia 2 de abril se irá se candidatar ao Paiaguás

Contudo, a indefinição de Mauro tem levado a uma série de reuniões da base partidária dee seu governo, formada por PP, MDB, PSD e PSB, cujos líderes seguem por caminham irreversível de apoio a Neri Geller ao Senado e esperando que o governador vá a reeleição.

Os membros dessas siglas também têm se reunido com frequência com Mauro. Por diversas vezes, o governador falou que foram tranquilos os encontros com esses líderes. Mas eles próprios trazem que o atraso no pronunciamento causa muito desgaste e estresse político.

O grande cacique da política mato-grossense e presidente do MDB, deputado federal Carlos Bezerra, afirma que o silêncio e a reticência de Mauro têm causado estresse político.

“Poderia estar, mais ou menos, encaminhado isso já. Está essa dúvida e essa dúvida está ocasionando um estresse político, que não é bom. Um estresse político não é bom. Mas espero que isso seja resolvido mais rápido possível”, disse na última quarta (23).

O ex-governador Júlio Campos (União Brasil), que pretende disputar uma vaga na Assembleia e também sinaliza sair do partido para que sua vitória seja mais concreta, aponta que a indefinição de Mauro dificulta o projeto da legenda de formar as chapas.

“Enquanto não tiver uma chapa majoritária formatada, tudo isso dificulta um pouco. O ruim é que a lei eleitoral tem prazo. O governador tem até certa razão – só em julho que vai ter convenção. Daqui até julho, ninguém sabe nem quem vai estar vivo. Quer dizer, vamos ser justos, o governador nunca falou que está decidido”, disse na última terça (22).

Outros adotaram uma linha mais diplomática para falar da indefinição de Mauro, como foi o caso da deputada Janaina Riva (MDB), que apoia a reeleição do sogro Fagundes.

“Quanto mais demorar essa decisão por conta da janela [partidária], esse debate será mais acirrado. Acho que [Mauro] poderia ter antecipado isso. Sei também que para ele não é fácil, por que ele não queria anunciar sua candidatura, nem sabe se será candidato. Então entendo a posição dele”, disse na última quarta (23).

Contudo, Janaina aponta que Mauro está lidando com partidos grandes e líderes experientes de ambos os lados e que a posição que o governador ocupa tem um ônus para definir de forma mais ágil a decisão da reeleição e do apoio ao Senado.

“Ele tem que entender que tem muito mais coisa em jogo do que o projeto especificamente dele. É um projeto político macro, então isso exige decisões a serem tomadas semanas antes. É o ônus da posição que ele esteja hoje de governador e até então como favorito nas pesquisas. Não é só bônus que fica; tem o ônus também, que agora é ele tomar essa decisão”.

Defensores

Outras lideranças tentam amenizar a indefinição do governador Mauro, como o deputado estadual Max Russi (PSB), que diz que o governador tem o tempo dele.

“Existe uma espera de uma definição. O governador está no tempo dele. Isso é válido, faz parte do processo, por que as candidaturas são definidas lá nas convenções. Mas os projetos, encaminhamentos e grupos já estão se desenhando”, disse na última quinta (24).

O vice-governador Otaviano Pivetta (sem partido), que também não indicou se vai sair para reeleição junto com Mauro, questionou de forma dura por que o chefe do Palácio Paiaguás anteciparia o período de anúncio.

“O Mauro é muito inteligente. Vai antecipar o período político para quê? Qual que é a vantagem? Prejuízo para todo mundo. O político já toma conta já toma conta da vida da gente o tempo todo. Se antecipar o período eleitoral, é um prejuízo muito grande para o governo. Fica discutindo uma pauta que não precisa discutir antes da hora. Tem um belo de um período para fazer campanha e espaço”, disse na última quinta (24).

O presidente provisório do União Brasil e suplente ao Senado, ex-deputado federal Fábio Garcia, saiu pela tangente e foi pela linha normativa para defender o governador.

“A legislação eleitoral determina que as candidaturas são colocas nas convenções. Nós estamos a sete meses da convenção, não é? A legislação eleitoral agora determina que quem quiser ser candidato esse ano precisar estar filiado em algum partido político até seis meses antes do início do pleito. Então, o nosso trabalho agora é filiar as lideranças. O governador foi eleito para administrar Mato Grosso. Tem muito para ele tomar essa decisão se será ou não será candidato”, disse na última quarta (23).

Governador vai anunciar projeto de candidatura no dia 2

Com tanta pressão, Mauro afirma que só irá se posicionar depois do dia 2 de abril sobre um início de construção de um projeto político-eleitoral de candidatura para o governo de Mato Grosso em 2022.

Até o dia 2, eu vou estabelecer uma metodologia para construção disso. Se até o dia 2 eu não for candidato, se eu não quiser ser candidato, se eu não puder ser candidato, seguramente eu vou informar isso publicamente”, disse na tarde desta quarta (23), em evento no Palácio Paiaguás.

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