DO MIDIANEWS
O juiz Jefferson Schneider, da 5ª Vara Federal em Mato Grosso, determinou, no final da tarde desta quarta-feira (28), o bloqueio de bens e contas dos alvos de inquéritos da "Operação Ararath".
O magistrado argumentou que a decisão visa a evitar a dilapidação do patrimônio público, que supostamente foi desviado por meio de fraudes e lavagem de dinheiro.
A operação, desencadeada pela Polícia Federal, em sua quinta etapa, na última semana, investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro.
O esquema seria desenvolvido por meio de empresas de factoring, envolvendo os ´poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Schneider explicou, ainda, que cada um dos investigados terá o montante bloqueado com base nas movimentações ilegais que teriam sido feitas com o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o "Júnior Mendonça".
Por meio de cruzamentos de dados, a Polícia Federal estima que, pelo menos, R$ 500 milhões tenham passado por contas bancárias do empresário, apontado como delator do esquema
Tramitam na Justiça Federal dez inquéritos, envolvendo mais de 50 pessoas, entre físicas e jurídicas.
Elas são investigadas por participação num suposto esquema de lavagem de dinheiro, que seria liderado pelo ex-secretário de Fazenda, Casa Civil e Copa, Éder Moraes, nas gestões de Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB).
Desde a semana passada, Moraes está preso em preso em Brasília (DF), sob custódia da Polícia Federal.
A medida do juiz Schneider não atinge os investigados com foro privilegiado e alvos da Operação Ararath, como o governador Silval Barbosa, o senador Blairo Maggi e o deputado estadual José Riva (PSD).
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