DA REDAÇÃO
MIDIANEWS
O secretário de Estado de Administração, Francisco Faiad (PMDB), anunciou nesta quinta-feira (27), que ingressará com ação criminal contra o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso (Assof), major Wanderson Nunes de Siqueira.
Segundo o secretário, ao reclamar suas reivindicações, o dirigente ultrapassou o limite do respeito.
“Contrariando aquilo que deve ser um policial, esse dirigente se mostrou irresponsável e busca aparecer perante sua classe para justificar acordos mal feitos, mas que foram cumpridos pelo Estado. Por isso, ele vai responder pelo que disse campo judicial. Vou acioná-lo criminalmente”, disse.
Wanderson acusou o secretario de "travar" a concessão de reajustes salariais às categorias , e disse que Faiad estaria criando uma “indústria de honorários” ao forçar os servidores a entrar na Justiça para receber o aumento, de modo que os advogados contratados receberiam parte do montante, com honorários que podem chegar a 30% do valor da causa.
“Em 2011, a categoria firmou um acordo equivocado, falho, com o Governo. E o acordo foi cumprido. Como agora viu que saiu perdendo, esse cidadão está tentando remediar a situação. Mas não para cima de mim. Ele precisa me respeitar como sempre o respeitei todas as vezes que me procurou para discutir as causas da classe. As suas acusações são intoleráveis e irresponsáveis”, disse Faiad.
Mary juruna |
Wanderson Nunes Siqueira, major PM: denuncia de esquema para fomentar uma "indústria de honorários" causa polêmica |
"Cunho eleitoral"
O secretário de Administração afirmou que o acordo foi feito com números fixo, e não com base na inflação. Faiad disse que o pedido não pode ser atendido de forma administrativa. Para ele, a denuncia mostra com clareza o cunho político-eleitoral.
“Temos pareceres jurídicos que nos dão essa garantia. Não estou aqui para prejudicar qualquer classe, mas agir com responsabilidade. Não sou eu quem vou responder perante o Tribunal de Contas porque eles fizeram acordos mal feitos”, afirmou.
O secretário afirmou que, em sua gestão na SAD, iniciada em fevereiro deste ano, sempre esteve aberta ao diálogo com todas as classes sindicais.
“Se ele recebeu uma denúncia, deveria ter checado, se informado, e não feito acusações desniveladas e irresponsáveis”, disse.
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