LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO

O Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso figura na penúltima colocação em gestão, na pesquisa do Instituto Brasiliense de Direito Público, divulgado nesta quarta-feira (9), em Brasília.

Entre os 23 Tribunais do Trabalho existentes no país, o Tribunal de Mato Grosso só ficou na frente da instituição do Rio Grande do Norte.

A primeira colocação ficou com o TRT da 8ª Região, Pará e Amapá, que teve média de 54,4. Já Mato Grosso fico com média de 46,4

De acordo com os dados, o principal entrave do Tribunal está na gestão orçamentária, que teve média de 35,4 ao analisar despesas e receitas. Já a gestão de recursos humanos e tecnologia, a média foi 68,2 e quanto à gestão de processo, que envolve litigiosidade e produtividade, a média ficou em 40,9.



Outro Lado

A direção do Tribunal de Justiça se posicionou sobre a pesquisa, por meio da assessoria de imprensa. Ele informou que “o indicador [utilizado na pesquisa] utiliza a mesma base de dados do Justiça em Números, do CNJ, disponibilizado à imprensa também no início deste mês e que leva em consideração especialmente a relação entre o número de pessoal (magistrados e servidores), recursos orçamentários e o número de processos novos”.

Além disso, pontuou que “historicamente, o TRT de Mato Grosso empenhou-se no sentido de expandir a sua atuação para todas as regiões do estado. O acesso à justiça, especialmente pelo trabalhador desempregado, é um direito constitucional que merece atenção quando se trata de um estado com dimensões continentais como é o caso de Mato Grosso”.

“Por isso, nos últimos anos, foram aprovadas leis pelo Congresso Nacional que possibilitaram a criação de novas varas do trabalho e a ampliação do quadro de servidores e magistrados. Em 2011 o TRT mato-grossense inaugurou 11 novas varas, muitas em locais distantes como Juara (800km de Cuiabá), Colniza (1.081km) e Confresa (1.167km), mesmo sabendo que o número de processos nesses municípios seria menor que aquele verificado em regiões mais populosas e com maior desenvolvimento econômico. A presença de Justiça do Trabalho também tem contribuído para reduzir o uso de trabalhadores em condições análogas a de escravo”, destacou.

Acrescentou ainda que “o TRT/MT faz uma leitura social ampla, buscando adequar a sua atuação à realidade local. Foi um dos primeiros tribunais no Brasil a trabalhar com base em um planejamento estratégico e é o único que cumpriu todas as metas fixadas pelo CNJ para o Poder Judiciário nos últimos quatro anos”.

“Assim, a Justiça do Trabalho em Mato Grosso, uma das primeiras a implantar o processo judicial eletrônico (PJe) em todas as varas trabalhistas e também no segundo grau, vem se destacando por se apresentar moderna e eficiente. Suas conquistas, frutos da dedicação de servidores, magistrados, advogados e tantos outros parceiros da Justiça, são reconhecidas e premiadas nacionalmente”, frisou.

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