DA REDAÇÃO
Marcos Amend
Parque Estadual Cristalino: uma das unidades em risco em Mato Grosso
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que dificulta a criação de unidades de conservação tem, pelo menos, 10 ilegalidades, de acordo com uma nota jurídica de entidades de defesa do meio ambiente.
A nota é assinada por Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad) e Observatório Socioambiental de Mato Grosso (Observa-MT), que representam mais de 30 organizações socioambientais.
A PEC 12/2022 chegou a entrar na pauta da Assembleia Legislativa, mas a votação foi adiada por pedido de vista. Deve ser retomada em fevereiro.
Entre as ilegalidades estão: Invasão de competência privativa da União, redução do grau de proteção ambiental, inviabilização da criação de Unidades de Conservação, fragilização da Política Estadual de Meio Ambiente e tramitação sem participação popular e debate público.
Entre os problemas está a criação de dois novos requisitos: orçamento para indenizar todos os proprietários das novas unidades e regularização de 80% das unidades já existentes.
As entidades apontam que as últimas unidades criadas foram a Aérea de Proteção Ambiental (APA) Nascentes do Rio Paraguai e o Monumento Natural do Morro de Santo Antônio, em 2006, há mais de 15 anos.
Não haveria, hoje, a criação "de maneira indiscriminada" como aponta o projeto enviado pelo governador Mauro Mendes (União).
Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Partido dos Trabalhadores (PT) emitiu outra nota, na qual afirma que a PEC "subverte a legislação para favorecer interesses privados".
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.