DA REDAÇÃO
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O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) vai depor como testemunha na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) na Câmara dos Deputados, às 14h desta quarta-feira (15), em Brasília.
Cattani é opositor ferrenho do MST, movimento que acusa de invasões ilegais. Contudo, o próprio deputado é acusado pelos irmãos Fábio e Fabiano Aparecido Brésio de atuar na invasão de suas terras no Assentamento Pontal do Marape, em Nova Mutum.
Na CPI, o parlamentar pode se ver em uma saia justa ao ter de explicar a acusação de esbulho, o termo jurídico para invasão de terras, já que os irmãos entraram duas ações civis contra Cattani para reaver a posse da propriedade.
O deputado era presidente da associação dos assentados do Pontal do Marape e teria assinado documentos utilizados para expulsar os irmãos Brésio de suas terras na região.
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O requerimento para ouvir Cattani na CPI do MST partiu do deputado federal Capitão Alden (PL-BA), que justificou a indicação do deputado estadual por ser "um profundo conhecedor da questão fundiária".
A experiência como assentado, e o engajamento no tema, "o tornam uma voz relevante para os trabalhos desta Comissão Parlamentar de Inquérito", na opinião de Capitão Alden.
Os irmãos afirmam terem sido expulsos do Pontal do Marape por Cattani, que à época era presidente da Associação Geral da Agricultura Familiar do Pontal do Marape. O deputado teria atuado junto de Arnaldo José Pozzebon, um amigo próximo da família do parlamentar que seria o responsável direto pelo esbulho do lote, em 2019, segundo a ação.
A CPI do MST investiga invasões de terra e ocupações promovidas pelo grupo, como ocorreram em abril nos Estados da Bahia e do Pernambuco.
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