LETICIA AVALOS
Da Redação
Os partidos União Brasil e Progressistas firmaram, nesta quarta-feira (23), um acordo para formar a federação “União Progressista” e permanecerão como parceiros por, no mínimo, quatro anos. A notícia, confirmada pelo portal CNN, veio após meses de negociações entre as legendas.
Em Mato Grosso, a aliança será comandada pelo União Brasil e, portanto, pelo governador Mauro Mendes (UB), já que o partido possui maior representatividade nas cadeiras do Legislativo e do Executivo.
A cerca de um ano e meio das eleições de 2026, a decisão pela federação pode mudar radicalmente a organização das chapas de candidatos do União e do PP, que já vinham sendo discutidas nos bastidores.
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Pela lei, o modelo de federação impõe que as agremiações políticas aliadas funcionem como uma só no momento da eleição. Na prática, juntos, os dois partidos só poderão lançar 28 candidatos à Assembleia Legislativa, 10 à Câmara Federal e 2 ao Senado, além de precisarem entrar em consenso sobre os nomes para o Governo Estadual e a Presidência da República.
Da perspectiva do presidente do PP em Mato Grosso, o deputado estadual Paulo Araújo, a federação fortalecerá a chapa de aspirantes a deputado federal, mas dificultará as articulações para as candidaturas estaduais, já que muitos seriam obrigados a desistir por conta do limite de vagas. Araújo relatou que a chapa do PP para a Assembleia Legislativa já estava praticamente formada.
O deputado estadual Júlio Campos (União) compartilha da mesma opinião. Para ele, a montagem das chapas será um desafio. “[...] se espremer para 28, vai ter muita gente que vai querer pular fora, buscar outras alternativas, porque não vai ter espaço”, disse, enquanto as tratativas ainda estavam em andamento.
A escolha de quem representará a União Progressista na disputa pelo Governo do Estado também pode se tornar outro imbróglio. Do lado Progressista, o presidente nacional, senador Ciro Nogueira (PP), já declarou que faz questão de que o partido tenha seu próprio candidato em MT e citou o nome do ex-senador Cidinho Santos (PP) como uma possibilidade.
Já do lado do União, o senador Jayme Campos (UB) tem despontado como um pré-candidato determinado a disputar as eleições. Porém, há uma corrente no partido, capitaneada pelo governador Mauro Mendes, para que a sigla apoie o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos). Agora, o União deverá chegar a um acordo com o PP para definir o apoio.
O Republicanos também esteve em tratativas para ingressar na federação, mas, após eleição unânime dos líderes em Brasília, o partido optou, ainda em fevereiro, por seguir caminho próprio.
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