MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O chefe de Gabinete do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), Antonio Monreal Neto, teve sua prisão temporária revogada.
A decisão é do desembargador Marcos Machado e foi anunciada oficialmente na noite desta sexta-feira (22).
Antônio Monreal Neto foi preso na terça-feira (19), na deflagração da Operação Capistrum, do Ministério Público Estadual (MPE), que afastou, entre outros, o próprio prefeito da Capital.
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A revogação da prisão ocorreu horas depois de o chefe de Gabinete depor no Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), na tarde de hoje.
O desembargador Marcos Machado, inicialmente, negou pedido de prisão preventiva, feito pelo MPE.
Ele revogou a prisão temporária, mas determinou que Monreal use tornozeleira eletrônica.
A instalação do equipamento ocorrerá na segunda-feira (25).
Na decisão, Marcos Machado impôs uma série de medidas cautelares.
Além do uso de tornozeleira eletrônica, o assessor de Emanuel fica proibido de comparecer à Secretaria Municipal de Saúde, à própria Prefeitura ou a qualquer órgão descentralizado do Executivo municipal.
Outra medida cautelar imposta pela Justiça é a proibição de manter contato - físico ou virtual - com qualquer servidor do Palácio Alencastro e com testemunhas arroladas no processo.
Além disso, ele terá que cumprir recolhimento domiciliar noturno.
Marcos Machado frisou que há evidências de que Antônio Neto teria impedido agentes do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) de conversar com servidores e acessar informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), "ficando demonstrado, naquele momento, a intenção em obstruir as investigações".
"Todavia, a possível destruição de provas, supressão ou adulteração dedocumentos ou qualquer outro material capaz de comprovar a prática dos crimes que lhe são imputados, bem como a intimidação de pessoas que deverão ser ouvidas no curso da persecução penal, embora possíveis de ocorrer, podem ser prevenidas outras medidas cautelares menos gravosas", afirmou o desembargador.
Antonio Monreal Neto é acusado pelo MPE de tentar obstruir investigações do Gaeco na Secretaria Municipal de Saúde.
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