GILSON NASSER
DA REDAÇÃO
O senador Jayme Campos (DEM) avaliou que a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello, cumprida na madrugada desta sexta-feira (25) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi um excesso. Collor foi detido no aeroporto de Maceió, quando se preparava para embarcar para Brasília e se entregar.
"Acho que essa decisão foi tomada pelo STF após todos os recursos transitarem em julgado. Entretanto, imagino que, até pela sua trajetória como governador, senador e até presidente da República, houve um excesso. Não precisava prender; colocasse uma tornozeleira nele ou até mesmo decretasse a prisão domiciliar", afirmou o senador durante a inauguração da ponte que liga o Parque Atalaia, em Cuiabá, ao Parque do Lago, em Várzea Grande.
Jayme, no entanto, destacou que a decisão do STF deve ser respeitada. Todavia, pediu que o ex-presidente seja tratado de maneira diferente. "Até pelo cargo que exerceu, ele tem que ser punido dentro de um prédio do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar ou até da Polícia Federal. Deve-se respeitar seu passado", assinalou o senador, que foi colega de Collor entre 2006 e 2015 no Congresso Nacional.
"Ele tem sua história, em que pese tenha sido cassado, sofreu impeachment. Mas a lei é para todos", ponderou.
EXAGEROS DO SUPREMO
O senador mato-grossense também avaliou como "excessos" algumas atitudes recentes do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre elas, está a intimação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um leito de UTI nesta semana. "O Supremo Tribunal Federal está cometendo vários abusos de autoridade e isso, com certeza, tem que ser revisto através das articulações que cabem e competem ao Supremo Tribunal Federal."
PRISÃO DE COLLOR
Na noite desta quinta-feira (24), o ministro Alexandre de Moraes rejeitou o segundo recurso da defesa e determinou o cumprimento imediato da pena imposta a Collor. Ele foi condenado a oito anos e dez meses, em regime inicial fechado, por participação em um esquema de corrupção na BR Distribuidora, descoberto pela Operação Lava Jato.
Na decisão, Moraes afirma que Collor, com a ajuda dos empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, recebeu R$ 20 milhões para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia, para a construção de bases de distribuição de combustíveis.
A vantagem foi dada em troca de apoio político para a indicação e manutenção de diretores da estatal.
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Marta Maria da Silva 25/04/2025
Cadeia é pra quem cometeu crimes e é o que o ex presidente cometeu! E não é excesso nenhum, aliás essa é a maneira que todos os iguais a ele deveriam ser tratados. Demorou, mas está onde deveria estar ha muito tempo. E não é só ele não. Deve ser por isso essa pressa de criticar o Xandão. Só espero que continue a fazer valer as leis. Mas para todos sem exceção! E sem privilégios!
Davi 25/04/2025
Parece que está com rabo preso senador!!!! Kkkkkkkk
2 comentários