LETICIA AVALOS
Da Redação
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), se irritou com os professores municipais após descobrir que algumas escolas decidiram não abrir as portas no dia 17 de abril por considerar a data como "Quinta-Feira Santa". Oficialmente, apenas a Sexta-Feira Santa (18) e o Dia de Tiradentes (21) são classificados como feriados no calendário oficial do município de 2025.
Em suas redes sociais, o prefeito explicou que as escolas têm o direito de decidir se funcionam ou não porque foram autorizadas pela antiga gestão da Secretaria de Educação. No final do ano passado, teria ficado acordado que cada unidade decidiria via conselho interno e, por isso, Abilio não teria poder para barrar a folga.
Para ele, a medida foi uma maneira dos servidores “se aproveitarem” do período de transição de gestões, quando o ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) concluiu o mandato e deu lugar a Abilio, para se beneficiarem.
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“Algumas escolas, através do conselho da própria gestão escolar, definiram que não terão aula e eu acabei de ficar sabendo que elas podem definir não ter aula mesmo não sendo feriado ou ponto facultativo. No final do ano passado, o ex-prefeito não definiu o dia 17 como ponto facultativo, feriado ou folga, então o dia 17 está no calendário do município como dia normal. Infelizmente, algumas escolas se aproveitaram da transição e colocaram, através dos seus conselhos, antes de substituir os diretores, que no dia 17 não terão aula”, disse.
Em entrevista nesta quarta-feira (16), Abilio manteve as críticas, mas admitiu que a sua própria gestão da Educação também falhou em não revogar a permissão concedida pela antiga secretária. Na fala, ele argumentou que a folga não faz sentido considerando que as aulas de 2025 começaram com uma semana de atraso devido a problemas estruturais da rede municipal.
“A gente já perdeu uma semana do ano letivo e ainda manteve uma emenda [folga] numa quinta-feira. Isso para nós não faz o menor sentido”, disse.
Indignado, o prefeito afirmou que a mesma situação não se repetirá no próximo ano e deu a entender que não permitirá folgas aos servidores com tanta facilidade. “A gente vai corrigir, isso não vai voltar a acontecer”, garantiu.
Definição de calendário
Abilio explicou o processo de definição do calendário escolar: o primeiro passo é dado pela Secretaria de Educação, que faz uma sugestão de calendário. Em seguida, o conselho de cada escola define se adere ou não à sugestão e devolve o processo com possíveis alterações para a Secretaria, que tem o poder de sancionar ou vetar.
Segundo ele, a sugestão de as escolas adotarem o dia 17 como folga vem do sindicato dos trabalhadores do ramo escolar.
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