LETÍCIA PEREIRA
DA REDAÇÃO
O deputado estadual e candidato a prefeito de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT), classificou como "malandragem e maldade" dos deputados estaduais que apoiam o deputado federal Abílio Brunini (PL) à prefeitura de Cuiabá ao apresentarem o projeto de revogação da lei do "Transporte Zero", que proíbe a pesca no Estado por cinco anos. Segundo Lúdio, além de ser uma situação eleitoreira, o projeto de revogação vai "piorar a vida dos pescadores".
"A malandragem dos deputados que apoiam o Abílio é dupla. Primeiro, nunca defenderam os pescadores. Abílio nunca disse um 'a', nunca fez um gesto de defesa dos pescadores ao longo de cinco anos. Eu estou ao lado dos pescadores desde o início, há cinco anos defendendo eles em todos momentos. E agora, a 10 dias da eleição, resolve defender os pescadores apresentando um suposto projeto de lei para revogar a lei da pesca. Essa é a primeira malandragem, oportunismo eleitoreiro", destacou.
Na sequência, o petista explicou que o texto apresentado, revoga, na verdade, o projeto do Governo que liberou a pesca de 12 espécies no Estado. Ou seja, manteria o projeto original que proibia a pesca de 100% das espécies.
"(Abílio) Está praticando uma mentira descabida. Primeiro, nunca apoiou os pescadores e agora diz que apoia. Segundo, ele e os deputados dele falam que querem revogar a lei da pesca e o projeto não revoga, ao contrário", disparou.
Cabral declarou que, junto com os deputados Wilson Santos (PSD) e Valdir Barranco (PT), apresentou um substitutivo ao projeto apresentado que revoga "toda a lei da pesca", garantindo a permissão para que todas as espécies sejam permitidas.
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Lúdio não classifica sua medida como eleitoreira, já que, apesar de trabalhar para que a lei não fosse aprovada, a oposição não teve votos suficientes. "Infelizmente a irresponsabilidade desses deputados provocaram essa situação política agora. Sempre fomos contrários a essa lei de proibição da pesca em Mato Grosso. Agora, nunca tivemos uma co-relação de forças que nos permitia alterá-la aqui na Assembleia, por isso a opção pela judicialização", frisou.
O substitutivo foi lido na sessão da Assembleia desta quarta-feira (23) e deve ser apreciado em regiume de urgência.
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