MIKHAIL FAVALESSA E ALLAN PEREIRA
Da Redação
Reprodução
Proposta de retaludamento do paredão foi apresentada nesta quinta-feira no Palácio Paiaguás; massa de terra será retirada
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) propôs uma solução para o Portão do Inferno, na MT-251, com o "retaludamento" dos paredões que cercam a rodovia naquele trecho. Na prática, a parte superior do paredão seria retirada com um corte na rocha para recuar a estrada, evitando o uso por veículos do viaduto que existe atualmente no local.
A estimativa é de retirada de 180 mil metros cúbicos de rocha da parte superior do paredão, com cortes em formato de degrau até a pista da rodovia. O viaduto atual serviria para contemplação.
A proposta foi apresentada à imprensa e autoridades nesta quinta-feira (28) em reunião no Palácio Paiaguás. A Sinfra e o Governo do Estado encaminharam a solução ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que precisam aprovar o projeto.
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ICMBio e Ibama devem analisar a proposta porque a rodovia passa pelo Parque Nacional de Chapada dos Guimarães e é considerada uma estrada-parque. Segundo o governo, o custo está estimado em R$ 30 milhões e o prazo para conclusão é de 120 dias a partir do início da obra. A empresa contratada, a Lotufo Engenharia e Construções Ltda, tem cinco dias para iniciar a obra a partir da aprovação pelos órgãos ambientais federais.
"Essa solução, um dos principais motivos que levou à escolha dela, além de outros técnicos que dificultavam ou impossibilitavam outras alternativas, era a rapidez na sua execução, estimada em 120 dias. Fazer um túnel, como algumas pessoas falaram, ia levar um ano, um ano e meio; faz porte estaiada, ia levar dois anos. Todas essas são soluções complexas, de valor econômico muito mais caras e de tempo de resposta e finalização de três e cinco vezes maior do que foi a nossa solução", declarou o governador Mauro Mendes (União Brasil), destacando que as demais opções causariam mais mais transtornos que os já suportados pela população de Chapada dos Guimarães.
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A Sinfra, representada pelo engenheiro William Lopes, apontou que os pontos mais críticos a serem resolvidos pela obra estãos no Km 46, o paredão acima da rodovia, e o Km 48, abaixo do viaduto. O retaludamento permitiria acabar com os riscos de novos deslizamentos da parte superior da escarpa (paredão) e a mudança da pista para uma parte mais recuada, fora do viaduto, também evitaria risco de queda da estrutura.
Um sítio arqueológico que fica próximo à rodovia, onde há pinturas rupestres, também seria deslocado dali, segundo a apresentação feita à imprensa.
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