ALLAN PEREIRA
Da Redação
O terceiro vice-presidente do União Brasil em Mato Grosso e secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, defendeu a expulsão do partido e um processo de cassação contra o deputado federal Chiquinho Brazão na Câmara dos Deputados.
"A cassação não é uma questão partidária; é da Câmara. Cassar um mandato só a Câmara pode fazer. Eu defendo a cassação. É a Câmara que deve abrir um processo na Comissão de Ética. Portanto, é um caminho que não tem nada a ver com o União Brasil", disse Fábio à imprensa, na manhã desta segunda-feira (25).
Chiquinho Brazão foi preso, na manhã deste domingo (24), por suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) no ano de 2018.
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A prisão do deputado federal terá que ser chancelada pela Câmara dos Deputados. Fábio está de licença do cargo e, no seu lugar, está a presidente do União Brasil de Cuiabá, Gisela Simona. Ela deve dar o voto para reafirmar a prisão do colega parlamentar.
Além disso, caso seja aberto o processo de cassação contra Brazão, a decisão final também caberá aos deputados.
Para a imprensa, Fábio disse que recebeu com surpresa o envolvimento de Chiquinho Brazão no assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. "Minha opinião é pela expulsão imediata do deputado e abrir um processo de cassação na Câmara", defendeu.
A Executiva Nacional do União Brasil já aprovou, por unanimidade, a expulsão do deputado federal na noite de domingo (25).
O deputado Chiquinho Brazão foi preso por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes. Também foram presos o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, irmão do parlamentar; e Rivaldo Barbosa, delegado e chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro na época do crime.
De acordo com as investigações, o assassinato de Marielle Franco foi motivado por questões fundiárias envolvendo as milícias do Rio de Janeiro. O relatório da Polícia Federal (PF) cita uma divergência entre Marielle Franco e o grupo político do então vereador Chiquinho Brazão em torno do Projeto de Lei (PL) 174/2016, que buscava formalizar um condomínio na Zona Oeste da capital fluminense, controlado pelo grupo paramilitar.
(Com Agência Brasil e Agência Câmara de Notícias)
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