CECÍLIA NOBRE
Da Redação
O presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL), afirmou, na manhã desta quinta-feira (6), que acionou a Procuradoria do Legislativo para obter informações oficiais sobre o possível envolvimento do vereador Paulo Henrique de Figueiredo (MDB) com a facção criminosa Comando Vermelho. Paulo Henrique foi alvo de mandado de busca e apreensão na Operação Ragnatela, deflagrada na quarta-feira (6) pela Polícia Federal em conjunto com outros órgãos, como a Gerência de Combate de Crime Organizado (GCCO).
"É natural que precisamos aguardar a oficialização de tudo isso aí. Já converei com procurador, vou pedir a ele que nos traga situações oficiais, se necessário que vá conversar com essa equipe policial que fez todo trabalho para ver o que nós poderemos estar recebendo de informações oficiais", declarou Chico 2000 (PL).
O presidente da Câmara afirmou que ainda não conversou com Paulo Henrique desde que foi deflagrada a operação. "Até tentei falar, mas não consegui. Estou aguardando o vereador para ouvi-lo também", pontuou o vereador.
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Sobre eventuais pedidos de cassação do vereador investigado, o presidente da Câmara explicou que podem ocorrer duas situações: o acionamento da Comissão de Ética e um pedido de instauração de Comissão Processante. Segundo ele, os ritos são diferentes.
"Isso só pode ocorrer mediante representação. Ocorrendo, o procedimento sera idêntico a todos que já houve nesta Casa. Se Comissão de Ética segue um rito, se Comissão Processante segue outro rito. Mas todos, mediante apreciação do plenário", detalhou, afirmando que a representação contra o parlamentar pode ocorrer por qualquer cidadão com domicílio eleitoral na Capital, independente de ser vereador.
Demissão de Servidores
Em termos de gestão, Chico 2000 (PL) adiantou que, assim que soube da prisão de servidores do Legislativo, determinou as exonerações dos mesmos. "Tão logo soube da prisão de três pessoas que trabalham aqui na Casa, imediatamente fizemos a exoneração dos três. Essa é uma medida permitida ao presidente", explicou.
"Se nós temos informações e evidências de mais de uma mídia que os três estão presos, vamos esperar o que? Se são inocentes, podemos readmitir. Agora estão presos e nem cumprir suas missões aqui na Casa eles podem desempenhar", complementou.
Entre os servidores presos, está Rodrigo de Souza Leal, que ocupava o cargo de Coordenador de Ceremonial da Câmara de Cuiabá. Ele é apontado como o 'elo' entre os membros da organização criminosa e promotores de eventos que eram realizados para "lavar" o dinheiro da facção.
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