CECÍLIA NOBRE
Da Redação
Durante audiência de custódia, na tarde de quinta-feira (1), o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, homologou a prisão do empresário José Clóvis Pezzin de Almeida, popularmente conhecido como Marllon Pezzin. Pezzin é suspeito de pertencer a uma organização criminosa responsável pelo tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, em investigação que partiu da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de Alagoas.
A defesa do empresário solicitou a revogação da prisão temporária e pediu que a fixação de medidas cautelares, colocando Pezzin em prisão domiciliar. Entretanto, a prisão foi mantida e o pedido de prisão domiciliar, negado.
Na audiência, o juiz solicitou a transferência de Pezzin para uma unidade prisional do estado do Alagoas e que, após a sua chegada, iniciará o prazo de 30 dias contados da efetivação da medida, conforme consta no art. 289, §3º, do Código de Processo Penal.
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“Art. 289. Quando o acusado estiver no território nacional, fora da jurisdição do juiz processante, será deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor do mandado. [...] § 3º O juiz processante deverá providenciar a remoção do preso no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da efetivação da medida”.
A operação
Iniciada em março de 2021, pela Dracco e pela SSP de Alagoas, para apurar a movimentação criminosa de quatro pessoas – que são dois casais, em atividades ilícitas. As investigações identificaram dois casais, um deles alagoano e outro paraense, que eram responsáveis pelo tráfico de drogas em larga escala no estado de Alagoas. A partir disso, o trabalho conseguiu identificar ramificações nos 17 estados alvos da operação.
À medida que houve progresso nas investigações, foi possível identificar também os criminosos que atuavam na origem do tráfico como fornecedores e as pessoas que como atuavam como fornecedores de drogas para os líderes das duas organizações criminosas investigadas.
Segundo a investigação, os dois casais fazem parte da cúpula de duas grandes organizações criminosas que atuam no Rio de Janeiro e no estado do Pará. Também ficou constatado ao longo da investigação que os fornecedores dessa droga que abastecia o mercado alagoano eram do estado de São Paulo. Eles recebiam as drogas do Mato Grosso do Sul, estado que faz fronteira com Paraguai e Bolívia, que são grandes produtores de drogas.
A droga que era vendida por este grupo criminoso tinha como origem fornecedores do estado do Amazonas, que faz fronteira com a Colômbia e o Peru, primeiro e segundo maiores produtores de cocaína do mundo, respectivamente.
Foram verificadas movimentações financeiras de mais de R$300 milhões de reais em contas bancárias, que foram analisadas ao longo da investigação. Muitos dos membros das duas organizações criminosas investigadas ostentavam um elevado padrão de vida, com viagens, também utilizavam veículos e outros bens de luxo, além de possuírem residências e apartamentos em condomínios de alto padrão.
(Com informações da assessoria)
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