MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O juiz Carlos Eduardo Pinho Bezerra de Menezes, da 3ª Vara de Porto Alegre do Norte, decretou a prisão preventiva de Rafael Silva de Oliveira, que confessou ter matado o colega de trabalho Benedito Cardoso dos Santos durante uma discussão política em Confresa. Rafael, de 24 anos, apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto Benedito, que tinha 44, era apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A prisão preventiva foi decretada na noite de quinta-feira (8) durante audiência de custódia, depois que Rafael foi preso em flagrante.
"Assim, em um Estado Democrático de Direito, no qual o pluralismo político é um dos seus princípios fundamentais torna-se ainda mais reprovável a conduta do custodiado. A intolerância não deve e não será admitida, sob pena de regredirmos aos tempos de barbárie. Lado outro, verifica-se que a liberdade de manifestação do pensamento, seja ela político-partidária, religiosa, ou outra, é uma garantia fundamental irrenunciável", afirmou o juiz na decisão.
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O magistrado pontuou que Rafael tem passagens policiais anteriores. Ele responde por latrocínio na 3ª Vara Criminal de Cuiabá e também já foi preso em flagrante por estelionato e falsificação de documento particular.
"Tais fatos corroboram para o receio de reiteração delitiva, de modo que a ordem pública será abalada se o autuado permanecer em liberdade, fundamentando ainda mais a prisão preventiva do autuado", disse o magistrado.
ASSASSINATO - Os dois homens eram colegas de trabalho e estavam em uma fazenda em Confresa na noite de quarta-feira (7). Um dos policiais civis que atendeu a ocorrência afirmou em depoimento que Rafael confessou que "iniciou uma discursão politica, a qual evoluiu para uma vias de fato, troca de socos".
Segundo o depoimento do policial "a vítima dizia que era eleitor do "Lula", suspeito falava que era "Bolsonaro", durante a troca de socos a vítima pegou uma faca, que suspeito conseguiu tomar a faca da vítima, logo em seguida a vitima empreendeu fuga, sendo alcançada nos pastos da fazenda".
"Que o suspeito lhe afirmou que desferiu uma facada na vítima a qual caiu ao solo, sendo golpeadas mais vezes enquanto estava caido; Que durante os esfaqueamento a vítima xingou o suspeito de filho de uma puta, onde confidenciou que retornou para casa, pegou um machado e desferiu um golpe na altura da garganta da vitima, terminando de ceifar lhe a vida", relatou o policial.
Rafael caminhou então no sentido de uma estrada na região, onde jogou a faca e o machado utilizados para matar Benedito. Ele teria andado 40 km a pé até chegar à área urbana de Confresa.
O corpo de Rafael foi encontrado por outro trabalhador, que atua cortando lenha na propriedade rural, já na quinta-feira (8) pela manhã. Quando chegou na área, o trabalhador chamou e ninguém atendeu, o que disse ser uma situação estranha.
Ao percorrer a fazenda, o terceiro homem decidiu percorrer a propriedade e encontrou o corpo de Benedito estendido no chão atrás da casa, debaixo dos pés de manga, cheio de sangue.
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