MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aguardavam um golpe de Estado em 9 de janeiro, dia seguinte ao quebra-quebra promovido por diversos deles nas sedes dos Três Poderes em Brasília. A afirmação é da Procuradoria-Geral da República (PGR) que denunciou, entre outras pessoas, a moradora de Tangará da Serra (243 km de Cuiabá) Calone Natália Guimarães Malinski.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) formaram maioria para tornar Calone e outras 99 pessoas rés pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A PGR denunciou a moradora de Tangará por incitação ao crime e associação criminosa.
Os crimes imputados a Calone somam, no máximo, três anos e seis meses de prisão. A defesa nega a acusação da PGR e argumenta incompetência para julgar o caso, que deveria tramitar na primeira instância.
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De acordo com a PGR, Calone estava acampada no Quarte-General (QG) do Exército em Brasília e pedia intervenção militar contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra sua posse. O grupo alojado em frente ao comando militar estaria incitando as Forças Armadas a dar um golpe de Estado contra as instituições democráticas brasileiras.
Diversos dos acampados se dirigiram em uma manifestação à Esplanada dos Ministérios, onde ficam o Congresso Nacional, a Presidência da República e o STF. De acordo com a PGR, não é possível confirmar se a moradora de Tangará participou diretamente das invasões e do quebra-quebra.
"Na manhã do dia 9 de janeiro de 2023 , ainda à espera de um golpe de Estado, a denunciada foi presa em flagrante, em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, em cumprimento a ordem do Ministro Alexandre de Moraes, datada do dia anterior, quando determinou a desocupação e dissolução total, em 24 (vinte e quatro) horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos Quartéis Generais e outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos e prisão em flagrante de seus participantes pela prática dos crimes previstos nos artigos 2ª, 3º, 5º e 6º (atos terroristas, inclusive preparatórios) da Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016 e nos artigos 288 (associação criminosa), 359-L (abolição violenta do Estado Democrático de Direito) e 359-M (golpe de Estado), 147 (ameaça), 147-A, § 1º, III (perseguição), 286 (incitação ao crime)", registra a PGR.
A moradora de Tangará foi presa preventivamente e conseguiu liberdade com medidas cautelares no final de janeiro. A defesa de Calone argumenta que a acusação apresentada pela PGR é genérica e pede a absolvição sumária da tangaraense.
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Célia Regina Silva Paixão 22/04/2023
E o vídeo mostrado pela CNN NÃO VAI VALER DE PROVA?
Yevo 22/04/2023
Gostei mas acho um absurdo prisão dela
Yevo 22/04/2023
Gostei
Edmar Souza Resende 22/04/2023
Tudo mentira minguem insultou golpe de estado. Todo o povo sabe que Bolsanaro ganhou as eleições.
4 comentários