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GERAL Domingo, 26 de Janeiro de 2025, 14:00 - A | A

26 de Janeiro de 2025, 14h:00 - A | A

GERAL / CRIMES DE FACÇÕES

"Não é porque a pessoa faz um sinal que vai morrer", diz delegado

Caio Albuquerque entende que essa suposta motivação é usada por facções para causar pânico na população

THIAGO STOFEL
DA REDAÇÃO



O delegado titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Caio Albuquerque, explicou em entrevista na manhã de quinta-feira (23), que é falácia dizer que fazer sinais ou gestos com as mãos pode resultar na morte do indivíduo. Para ele, esse é um método usado pelas facções para causar pânico na sociedade.

"Essa questão de sinal a gente precisa desmistificar, afastar essa conversa. Não é porque a pessoa faz um sinal que vai morrer. A gente precisa entender as coisas, se não fica uma sensação de insegurança, de medo, um caos, o que a gente tem que demonstrar é porque determinada pessoa veio a óbito e digo e asseguro, não é por conta de sinal. É por conta de um motivo que a investigação vai revelar”, explicou.

O delegado explica que ao longo da investigação, sempre aparece uma motivação que levou ao homicídio. Ele ainda estende a mesma explicação para casos de pessoas que são de determinados Estados e também são assassinadas.

Caio relata que no final das investigações sempre aparece o real motivo do assassinato.

"Todo crime tem uma motivação, podemos desmistificar, não é porque é daquele Estado que vai ser morto. Não é porque fez sinal que foi morto. Precisamos identificar o motivo real e no final a gente falará para sociedade e família o que motivou”, completou.

RELEMBRE CASOS

Laysa Moraes Ferreira, conhecida como La Brysa, de 30 anos, morta em janeiro deste ano, teria sido executada por ter feito um sinal característico de uma facção criminosa. Porém, até o momento, a motivação do crime ainda não foi divulgada.

LEIA MAIS: Corpo de rapper é encontrado boiando no Rio Cuiabá

Outro caso de grande repercussão no Estado, foi da candidata a vereadora Rayane Alves Porto, de 28 anos, e sua irmã Rithiele Alves Porto, de 25 anos, em setembro de 2024. Ambas foram espancadas e assassinadas a facadas por membros de uma facção por terem supostamente feito um sinal com as mãos. O caso segue sob investigação. 

LEIA MAIS: Fotografia mostra irmãs fazendo suposto gesto de facção que teria motivado assassinatos

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