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GERAL Segunda-feira, 26 de Agosto de 2024, 17:23 - A | A

26 de Agosto de 2024, 17h:23 - A | A

GERAL / MEIO AMBIENTE

MT enfrenta a pior seca em 40 anos e vê impactos devastadores

Queimadas, níveis críticos dos rios e crise no turismo afetam a economia e o meio ambiente do estado

GIOVANNA BAIOCCO
Especial para o Midiajur



Mato Grosso está vivendo a pior seca dos últimos 40 anos, um período de escassez hídrica que afeta gravemente a região e coloca em risco o equilíbrio ambiental e a qualidade de vida das pessoas. De acordo com um levantamento exclusivo do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) feito a pedido do portal G1, o estado enfrenta um cenário devastador com queimadas generalizadas, rios reduzidos a leitos secos e impactos severos sobre a fauna local.

Agosto, conhecido por suas altas temperaturas em Mato Grosso devido à proximidade com a Linha do Equador e intensa radiação solar, intensifica a crise hídrica. Este ano, a seca começou mais cedo e tem sido particularmente severa.

O Pantanal, uma das regiões mais afetadas, registrou uma média de 400 mil hectares cobertos por água nos primeiros quatro meses do ano — uma redução de 10% em comparação ao período seco do ano passado.

Além disso, até julho, foram contabilizados 800 mil hectares queimados no Pantanal, batendo recordes históricos, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

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A situação dos rios também é alarmante. O Rio Paraguai, um dos principais cursos d'água da região, atingiu o nível mais baixo registrado em 59 anos de monitoramento, com a medição atual em Cáceres, a 220 km de Cuiabá, chegando a 71 centímetros — abaixo da mínima histórica de 80 centímetros para o período.

Em Barra do Bugres, a 169 km da capital, o nível do rio foi registrado em 43 centímetros, o menor já observado para esta época do ano, embora a cota mínima histórica seja de apenas 6 centímetros, registrada em setembro de 2020.

O Cânion do Jatobá, em Vila Bela da Santíssima Trindade, famoso por suas águas cristalinas e profundidade de até oito metros, secou completamente. O cânion atraía entre sete e oito mil visitantes por temporada, oferecendo um refúgio paradisíaco em meio à seca.

A ausência de água não só impacta o turismo, mas também compromete as atividades econômicas locais e a biodiversidade.

Luana Samaia Neves de Souza

Vila Bela S. trindade

O cânion secou antes do que era esperado, já que as águas costumam secar em agosto

 

Divulgação

Vila Bela S. trindade

Nível do Rio Paraguai em Cáceres (MT) está baixo

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