GIOVANNA BAIOCCO
Da Redação
Um estudo recente revela uma escalada preocupante nos índices de suicídio em Mato Grosso, com o estado registrando 1.512 mortes por pessoas que tiraram a própria vida entre 2015 e 2021. O número supera a média nacional em quatro dos sete anos analisados. Até 2020, a faixa etária mais afetada era de 20 a 29 anos, mas, em 2021, adultos de 30 a 39 anos ultrapassaram essa faixa etária.
Os homens continuam a representar a maioria das vítimas, e os solteiros são os mais afetados, com um aumento de 122% nas taxas de suicídio no estado durante o período.
O Brasil registra cerca de 12 mil suicídios por ano, com uma incidência alarmante entre jovens de 15 a 29 anos, onde o suicídio é a quarta principal causa de morte, atrás apenas de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Dados da Fiocruz apontam um aumento médio de 6% ao ano nas taxas de suicídio entre jovens brasileiros de 2011 a 2022, com um crescimento ainda mais acentuado nas autolesões, que aumentaram 29% ao ano.
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Flávia Jôse Alves, pesquisadora do Cidacs/Fiocruz, destaca "as taxas de notificação por autolesões aumentaram de forma consistente em todas as regiões do Brasil, e o registro geral de suicídios também cresceu a uma taxa média de 3,7% ao ano."
Enquanto as taxas de suicídio globalmente caíram 36%, as Américas registraram um aumento de 17% entre 2000 e 2019, com o Brasil contribuindo com um aumento de 43% no mesmo período.
Para oferecer suporte emocional e prevenção do suicídio, o Centro de Valorização da Vida (CVV) está disponível 24 horas por dia através do telefone 188 e do chat, com atendimento gratuito e sigiloso. Em Mato Grosso, mais de 50 voluntários estão disponíveis para ajudar. O CVV é um dos recursos mais importantes, mas também há outras iniciativas como o Mapa da Saúde Mental e o Pode Falar, canal do Unicef, que oferece apoio a jovens de 13 a 24 anos.
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