LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO
O desempenho dos candidatos de Mato Grosso no X Exame da Ordem dos Advogados do Brasil é o 8º pior dentre as 26 seccionais espalhadas pelo país, segundo levantamento divulgado pelo Portal Exame de Ordem. As duas fases da prova foram aplicadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) entre abril e junho deste ano.
Dos 2.932 inscritos, 608 conseguiram passar na fase final, o que resultou em uma aprovação de 21,68% dos candidatos, abaixo da média geral do país, que ficou em 28,07%.
De acordo com os dados, apenas os candidatos dos Estados de Roraima, Amapá, Amazonas, Tocantins, Maranhão, Pará e Alagoas tiveram resultados inferiores.
Na 1ª fase do exame, em que o candidato deve responder as perguntas objetivas, 1.410 candidatos mato-grossenses conseguiram a aprovação, ou seja, 50,29% dos 2.810 presentes.
Já na 2ª fase, etapa final que exige resposta para quatro questões e a elaboração de uma peça prático-profissional, dos 1395 que compareceram ao exame, 608 foram aprovados no Estado.
Em comparação com o IX Exame da Ordem, realizado no ano passado, Mato Grosso ganhou algumas posições. Na ocasião, a seccional teve o 4º pior desempenho do país, com 18, 63% de aprovação.
Na avaliação geral, a região sul encabeçou o ranking, com Rio Grande do Sul (34,74%), Santa Catarina (34,73%) e Paraná (33,50%) ocupando os três primeiros lugares, respectivamente. A média ficou em 28,07%.
Posição da OAB-MT
O secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT) e presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem, Daniel Teixeira, admitiu que a média está muito abaixo do ideal.
Ele afirmou que estes resultados não têm sofrido muitas mudanças nos últimos cinco anos, e que a seccional tem realizado um acompanhamento nas faculdades, para detectar quais são os problemas que ocasionam o fraco desempenho.
“Fazemos constantemente reuniões nas faculdades, com professores e estudantes, para que se possa viabilizar um diagnóstico da situação”, explicou.
Os fatores que causam a baixa aprovação, segundo Teixeira, são a “proliferação de cursos jurídicos, a má formação de alunos desde o 2º grau, que entram na faculdade e tendem a repetir. As faculdades não atendem as exigências de vestibular, de presença em sala de aula, se o aluno aprender ele passa e se não aprender também consegue aprovação. Isso faz com que o aluno passe na faculdade sem absorver o conhecimento necessário para o exame”.
Confira o desempenho das 26 seccionais no exame:
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