CECÍLIA NOBRE
Da Redação
Raquel Maziero Cattani, morta na noite da última quinta-feira (18), vítima de mais de 30 facadas, executados pelo ex-cunhado, Rodrigo Xavier Mengarde a mando do ex-marido dela, Romero Xavier Mengarde, confidenciou a pessoas próximas que foi ameaçada pelo ex-marido. Ele não aceitava o término do casamento.
No entanto, não há registros de boletins de ocorrências feitos pela vítima contra o ex-marido. Juntos, Raquel e Romero tiveram duas filhas, que devem ficar sob a guarda dos avós maternos.
De acordo com a Polícia Civil, os irmãos Mengarde foram interrogados na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Nova Mutum e serão apresentados em audiência de custódia do Poder Judiciário da comarca do município.
O deputado Gilberto Cattani (PL), pai de Raquel, foi à delegacia na manhã de hoje para fazer o reconhecimento dos pertences da vítima que foram apreendidos na casa de Rodrigo, preso na noite de quarta-feira (24) em Lucas do Rio Verde.
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Romero foi preso na casa do ex-sogro, em Nova Mutum. O ex-marido da vítima manteve contato com os ex-sogros e vinha consolando-os pela perda da filha. Segundo relatos de testemunhas, Romero teria chorado durante o velório e sepultamento de Raquel.
Crime premeditado
De acordo com o delegado Guilherme Pompeo, o autor intelectual do homicídio de Raquel levou o irmão no próprio carro e o deixou escondido nas proximidades do sítio PH, de propriedade de Raquel Cattani.
Ao longo do dia, Romero almoçou com Gilberto Cattani e, inclusive, chorou na frente dos familiares da vítima por conta da separação. Após almoçar com o deputado, levou os filhos do casal para Tapurah a fim de criar o álibi e afastá-los do crime planejado.
Durante a tarde do dia 18 de julho, ele chamou algumas pessoas com quem nem tinha muita convivência para beber e assar carne. No período da noite, foi a três boates em Tapurah para reforçar o álibi de que estaria na cidade e, assim, não seria considerado o principal suspeito.
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Marta Maria da Silva 25/07/2024
Muito triste a tragédia dessa moça. Morta por um marido que achou que ela era propriedade dele. Agora ficam duas meninas que vão carregar esse exemplo do pai. Quem sabe agora serão criadas com o exemplo de um avô que pediu desculpas pra vacas por ter comparado elas com mulheres que defenderam que as vítimas do estupro não podem pagar uma pena maior que o estuprador. Alguém que não tem empatia com ninguém e ataca além de mulheres, os sem terra que só querem um lugar pra viver. Mas não faz nada contra os grandes invasores de terras públicas. Só perseguição com os pequenos. E por ironia a filha morava em assentamento, pelo que entendi. Deus olhe pelas crianças e que elas entendam que a ignorância nunca é o caminho.
Célia Regina Silva Paixão 25/07/2024
Cada reportagem que leio, me indigna mais dessa monstruosidade ????????????????????
2 comentários