CECÍLIA NOBRE
Da Redação
Claudecy Oliveira Lemes é o proprietário e suposto responsável pelo desmate químico de aproximadamente 81 mil hectares, considerado o maior no estado de Mato Grosso, das 11 fazendas alvos da Operação Cordilheira, deflagrada entre os dias 8 e 12 deste mês, no município de Barão do Melgaço, no Pantanal mato-grossense. O Ministério Público Estadual (MPE) pediu a prisão preventiva de Claudecy.
As propriedades foram identificadas pelo Midiajur, por meio do Cadastro Rural Ambiental (CAR), sendo elas: Fazenda Pindaval; Fazenda Reunidas São Jerônimo; Fazenda Santa Cruz; Fazenda Acori; Fazenda Santa Lúcia; Fazenda Indiana; Fazenda Landy/Idaia; Fazenda Limão Verde; Fazenda Bom Sucesso; Fazenda Cerro Alegre/Duas Marias e Fazenda Soberana.
De acordo com a Polícia Civil, devido ao uso irregular e reiterado de 25 tipos de agrotóxicos em área de vegetação nativa, o crime resultou na mortandade de espécies arbóreas em pelo menos sete imóveis rurais, com a destruição de vegetação de área de preservação permanente e da biodiversidade, promovendo o desmatamento ilegal nas 11 fazendas.
O Pantanal, por se tratar de área alagada, possibilita que as substâncias químicas sejam conduzidas pelas águas e atinjam a fauna, a ictiofauna e até mesmo os seres humanos, com a contaminação dos rios.
Claudecy foi alvo de decisões judiciais que resultaram na indisponibilidade das 11 propriedades, além da apreensão judicial dos animais presentes nas fazendas e no embargo das áreas afetadas. Outras duas determinações foram a suspensão do exercício da atividade econômica e a proibição do fazendeiro de se ausentar do país. O fazendeiro terá que pagar R$ 5,2 bilhões entre multas aplicadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e valoração do dano ambiental.
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As medidas cautelares, diversas da prisão, também foram impostas ao responsável técnico pelas propriedades, Alberto Borges Lemos, e ao piloto da aeronave que pulverizou o agrotóxico, Nilson Costa Vilela. A decisão judicial foi proferida no dia 18 de março.
Segundo o Ministério Público Estadual (MPE) entre julho e agosto de 2023, foram aplicados nove autos de infração e nove termos de embargo e interdição em razão de degradações ambientais praticadas por Claudecy. Neste período, coletas de amostra de vegetação, água, solo e sedimentos nas áreas atingidas identificaram a presença de quatro herbicidas contendo substâncias tóxicas aptas a causar o desfolhamento e a morte de árvores. Também foram apreendidas nas propriedades diversas embalagens de produtos agrotóxicos.
Além disso, durante as investigações foram analisadas notas fiscais, dos planos de aplicação agrícola, dos frascos de defensivos e demais documentos relativos à aquisição dos produtos apreendidos. Ao final, foi constatado que o volume de substâncias descritas nas notas fiscais é suficiente para aplicar em uma área de 85 mil hectares, compatível com a extensão do dano investigado.
(Com assessoria do MPE)
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Julio silva 04/07/2024
A degradação do Pantanal evita que a região faça precipitar as águas dos rios aéreos iniciados na bacia amazonica no Pantanal, essas águas acabaram por criar a maior catástrofe de todos os tempos no Brasil, Pantanal seco e a região sul alagada.
Luis 16/04/2024
Fácil, e muito simples, governo do bem só repassar a área para o MST já que morreu tudo mesmo deixar este pilantra que se diz fazendeiro sem nada
Lourival 16/04/2024
Deve ser apoiador do bozo agro pop e tech e degradador da natureza E só destruir ainda com dinheiro público E não paga
Paulo Soares Silva 16/04/2024
É de fato onde tem Governo que trabalha esse vagabundo não faria isso nunca até que enfim temos um Governo que trabalha e não fecha os olhos para o Crime, esse é bandido da pior espécie como pode cara jogar algo inapropriado pra meio ambiente para tentar criar gado a ganância desse vagabundo tem ser tirado na cadeia nojento picareta por trás dele tem muita gente e só investigar aí tem policial, alguém do Ibama se investigar a fundo vai descobrir todos tem dinheiro e muito.
Camila 16/04/2024
Bom dia, esse fazendeiro vem pra destruir e não agregar, não valoriza esta terra. Multa não é suficiente, tem que ser preso e ter os bens tomado pela justiça, já que só quer prejudicar o meio ambiente e as outras terras e pessoas da vizinhança. Tem que ser expulso do Mato Grosso.
Edinaldo Cardoso Dias 15/04/2024
Em qual governo este bandido começou a praticar estes crimes,deve ter apoio de políticos criminosos iguais a ele, e o povo tem que saber quem são estes pilantras que estão apoiando estes criminosos
José Antônio Ribeiro Pinto 15/04/2024
Na verdade essas áreas pertencem à um grupo, com sede no Estado de RJ, chamado Comando Diesel.
Cadeia pra esse bandido 15/04/2024
Cadeia pra esse bandido!!!????????????
Marta Maria da Silva 15/04/2024
Suposto responsável!? Quem iria fazer essa atrocidade nas propriedades do indivíduo?! Ainda tem que passar pano pra esse tipo de crime?!
Marta Maria da Silva 15/04/2024
Esse ser deplorável que não pode ser chamado de humano tem que ser preso e permanecer preso pelo resto da sua infame vida. Não tem perdão pra esse tipo de crime contra a natureza e contra a humanidade. Escroto, infame, aberração da natureza. Demônio!
10 comentários