ALLAN PEREIRA
Da Redação
Os mato-grossenses investigados pelo suposto envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília, serão investigados em uma força integrada da Polícia Federal de Mato Grosso com a direção central da instituição, no Distrito Federal.
Quem informa sobre a “dobradinha” é o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues, durante participação da posse da nova superintendente da instituição em Mato Grosso, Lígia Neves Aziz Lucindo, nesta terça-feira (4).
“A PF é uma só. Trabalhamos de forma integrada na nossa estrutura, seja como órgão central, seja nossas unidades regionais, em toda as nossas investigações. Se tem o foro privilegiado, o processo tramita no STF. Senão, tramita localmente”, explica Andrei.
Leia mais:
Investigação pode levar à cassação de Fernanda, mas caminho é longo; entenda
Nova chefe da PF reforça combate à pornografia infantil: "onde estiverem, nós estaremos"
Em Mato Grosso, a única pessoa com foro privilegiado investigada por suposto envolvimento com os atos antidemocráticos, no momento, é a deputada federal Rubia Fernanda Diniz Robson Santos de Siqueira – conhecida como Coronel Fernanda (PL).
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o pedido da PF para abertura de inquérito, na última quinta-feira (30), após a parlamentar ser citada em depoimento por uma aposentada como uma das organizadoras da caravana de ônibus a Brasília.
Além de Coronel Fernanda, a aposentada cita outros ex-candidatos da última eleição, Analady Carneiro da Silva e Rafael Yonekubo, também como supostos organizadores. Eles não foram eleitos e são investigados pela PF sem foro.
O diretor-geral da PF aponta que a instituição não está preocupada com o local de investigação, mas com a qualidade dos resultados das apurações sobre os mentores intelectuais, financiadores e participantes dos atos de destruição.
“Esse trabalho aponta que nós somos uma polícia de Estado, uma polícia que cumpre sua missão constitucional de preservar a democracia. Nós tivemos a maior operação da polícia com mais de duas mil pessoas presas em flagrante no mesmo ato e no mesmo dia. Então, o nosso foco é seguir na defesa da democracia investigando fatos. Nós não investigamos pessoas, nós não protegemos, nós não perseguimos. Nós vamos trabalhar para identificar toda a cadeia de participação nesses eventos e apurar as responsabilidades”, garantiu.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.