MIKHAIL FAVALESSA E NICKOLLY VILELA
Da Redação
Uma das testemunhas da morte do policial militar Thiago de Souza Ruiz diz ter ouvido o policial civil Mário Wilson Vieira dizer que "em uma situação de confronto, passaria por cima de qualquer um", logo antes os dois começarem uma luta corporal que acabou na morte de Thiago. O investigador da Polícia Civil foi preso em flagrante e passa por audiência de custódia nesta sexta-feira (28).
Os depoimentos colhidos pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) até o momento apontam que Mário Wilson e Thiago teriam começado a discutir fora da conveniência do posto Conti Comigo, e depois entrado no local, onde ocorreu o assassinato.
Mário Wilson chegou ao posto acompanhado do amigo Gilson Vasconcelos Tibaldi de Amorim Silva. Lá, o PM Thiago Ruiz estava em uma mesa com Walfredo Raimundo Adorno Moura Júnior, investigador da Polícia Civil que também era amigo de Mário Wilson.
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Uma discussão teria se iniciado nas mesas da parte de fora da conveniência e depois os quatro teriam entrado para as mesas de dentro do local, onde ficam os freezers de bebidas e o caixa.
Uma das funcionárias do local afirma que Walfredo pegou uma cerveja e saiu para fumar, e os outros três homens, Mário Wilson, Gilson e Thiago, ficaram dentro da conveniência.
Com a saída de Walfredo, a funcionária diz ter percebido uma "rixa" entre Mário Wilson e Thiago. O local, segundo o depoimento, "é bem frequentado por policiais de forma que quando entra um cliente já observa se tem alguma arma visível".
Ainda com Walfredo do lado de fora, com os outros três na mesa, a funcionária diz ter escutado Mário Wilson dizer o seguinte: "eu sou policial, em uma situação de confronto eu passaria por cima de qualquer um, eu não consideraria amizade, passaria por cima de walfredo e de qualquer um".
As funcionárias seguiram conversando entre si e, logo depois, perceberam a discussão e Mário Wilson com as duas armas na mão.
Pelas imagens do circuito interno, é possível ver que Thiago Ruiz levanta a camiseta em meio à conversa e mostra uma cicatriz na altura das costelas. Mário Wilson aproveita a situação e tira a arma da cintura do policial militar.
As duas funcionárias saíram da conveniência e só ouviram os disparos e a confusão que se seguiu de longe.
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Anonima 29/04/2023
Levando em conta as considerações do caso, será que não foi algo premeditado. O falecido tinha um relacionamento exposto na Internet com uma moça que não era a esposa Glória Callia
1 comentários